Cármen Lúcia se declara suspeita para julgar soltura de Roberto Jefferson no STF

Ministra do Supremo Tribunal Federal foi alvo de xingamentos por parte do ex-deputado federal, que a chamou de ‘Bruxa de Blair’ e ‘Cármen Lúcifer’; placar encontra-se 3 a 0 contra a revogação da prisão preventiva

  • Por Jovem Pan
  • 28/04/2023 20h24 - Atualizado em 28/04/2023 20h28
Nelson Jr./SCO/STF Ministra no plenário do STF Ministra Cármen Lúcia durante sessão plenária no Supremo Tribunal Federal

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou-se suspeita para julgar o pedido de revogação da prisão preventiva do ex-deputado federal Roberto Jefferson. O posicionamento da magistrada ocorre após uma série de ataques pessoais realizados pelo réu, no ano passado. Na ocasião, o ex-presidente de honra do PTB chamou Cármen Lúcia de “Bruxa de Blair” – em referência ao filme de terror que leva o mesmo nome lançado em 1999 – e de “Cármen Lúcifer”. As criticas ocorreram em decorrência a uma suposta censura praticada pela integrante da Suprema Corte contra a Jovem Pan, faltando dias para a realização do segundo turno das eleições em 2022. Jefferson comparou a decisão de Cármen à “prostitutas, aquelas vagabundas arrombadas”, e afirmou que, “se puser um chapéu bicudo e uma vassoura na mão, ela voa”. O vídeo em que os xingamentos são proferidos foi publicado no Twitter da sua filha, a ex-deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), que endossou as críticas do familiar: “Meu pai voltou com toda sua indignação! Depois tem quem diga que ele exagera, que não tem razão… ah não? O que aquela bruxa horrorosa fez foi digno de alguma punição severa! Tipo impeachment! Mas o escr*to do Pachecuzinho querendo ser ministro não vai fazer JAMAIS!”, publicou a política. No dia seguinte, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão de Jefferson e o mandato foi cumprido na casa do político, em Comendador Levy, no dia 23 de outubro. Após a chegada dos oficiais de segurança na residência do ex-deputado federal, Jefferson atacou policiais federais com tiros e granadas e passou a ser réu por tentativa de homicídio. Até o momento, o placar no Supremo encontra-se 3 a 0 contra a revogação da prisão preventiva, já que os ministros Edson Fachin e Dias Toffoli acompanharam o voto do relator, ministro Moraes.

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