Conselho de Ética da Câmara do Rio rejeita pedido para anular processo contra Gabriel Monteiro
Vereador carioca pode ter mandato cassado por quebra de decoro em casos em que foi acusado de estupro e assédio; primeiros quatro depoimentos foram marcados
O Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio de Janeiro rejeitou recurso da defesa do vereador Gabriel Monteiro para anular o processo que corre contra ele na Casa. Monteiro é acusado de quebra de decoro parlamentar, por casos em que foi acusado de abuso sexual e estupro, além de manipulação de vídeos e infração a direitos de uma criança que foi protagonista de um vídeo gravado por ele. A defesa do deputado alegou supostos vícios no processo, argumento rebatido pela Procuradoria da Câmara e rejeitado pelos integrantes do Conselho. Ele alega ainda ser vítima de perseguição política.
Assim, ficou decidido que o caso terá prosseguimento. Foram marcados os quatro primeiros depoimentos: no dia 25 de maio, serão ouvidos dois ex-assessores do vereador, Vinícius Hayden Witeze e Heitor Monteiro de Nazaré Neto, autores de acusações contra Monteiro, em sessão fechada a partir das 10h. Outras duas testemunhas prestarão depoimento no dia 1º de junho, mas o nome delas ainda não foi divulgado. Além disso, no dia 24, os sete titulares do Conselho de Ética vão se reunir a portas fechadas com os dois advogados de Monteiro, o que não está previsto no regimento, mas foi permitido pelos parlamentares. O Conselho também deu prazo excepcional até a próxima sexta-feira, 20, para que ele indique até cinco testemunhas de defesa., o que ele deveria ter feito na defesa prévia, mas naquele documento Monteiro não elencou nenhuma. Segundo o vereador Chico Alencar (PSOL), o Conselho decidiu atender a esse último pedido para evitar que se dissesse que a defesa do ex-policial foi cerceada.
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