Corregedor do TSE pede para ouvir Torres sobre minuta de intervenção na Justiça Eleitoral

Ministro Benedito Gonçalves pediu autorização a Alexandre de Moraes para realizar oitiva do ex-secretário de Segurança Pública do DF, preso desde janeiro por suspeita de omissão nos atos de vandalismo na capital federal

  • Por Jovem Pan
  • 09/03/2023 19h17 - Atualizado em 09/03/2023 21h36
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Anderson Torres Anderson Torres foi preso em 14 de janeiro após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal

O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, pediu nesta quinta-feira, 9, autorização ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para ouvir o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, a respeito da minuta que previa intervenção na Justiça Eleitoral, encontrada em operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal em sua residência. A pedido do PDT, a oitiva deve ser realizada em 16 de março através de uma videoconferência.Moraes é o relator do inquérito que, entre outras coisas, apura se houve omissão de autoridades na condução e execução do plano de segurança pública na invasão à sede dos Três Poderes, ocorrida em 8 de janeiro.

Segundo o corregedor, a intenção é ouvir Torres sobre o documento e sua suposta participação, bem como as circunstâncias, na live em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou com 40 embaixadores no Palácio da Alvorada e questionou a higidez das urnas eletrônicas, em julho de 2021. Na ação, Bolsonaro é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pelo encontro com os diplomatas. Em fevereiro, o TSE aprovou, por unanimidade, a inclusão do documento encontrado na residência de Torres na investigação que corre contra o ex-presidente. Para o mesmo dia podem ser realizados os depoimentos do coronel Eduardo Gomes da Silva e os servidores da Polícia Federal Ivo de Carvalho Peixinho e Mateus de Castro Polastro. O trio foi citado por suposta influência e participação na reunião de Bolsonaro com os embaixadores. Em fase se coletas de provas, a ação no TSE já ouviu os ex-ministro Ciro Nogueira (PP-PI), que ocupou a Casa Civil; e Carlos França; que comandou o Itamaraty.

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