CPI do MST deve acabar na próxima semana e sem aprovação do relatório, afirma o relator Ricardo Salles

Trabalhos da comissão poderiam ir até 14 de setembro, mas mobilização do governo com o Centrão para alcançar maioria esvaziou as sessões 

  • Por Jovem Pan
  • 10/08/2023 17h37 - Atualizado em 10/08/2023 17h42
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FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Ricardo Salles e o Tenente Coronel Zucco, durante a CPI do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), na Câmara dos Deputados em Brasília (DF), nesta terça-feira (23). Ricardo Salles (PL) e Tenente Coronel Zucco (Republicanos) durante a CPI do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deve ser encerrada na próxima semana, segundo o relator Ricardo Salles (PL-SP). Inicialmente, o grupo iria se encerrar apenas em 14 de setembro. Contudo, o governo mobilizou partidos aliados do chamado Centrão para alcançar a maioria na CPI do MST. A negociação derrubou parlamentares de oposição considerados radicais, o que dificulta o debate para quem é abertamente crítico ao movimento. “Nós decidimos diante dessas manobras não prorrogar a CPI. Para além dessa decisão, nós estamos considerando firmemente a hipótese de fazer um relatório já na semana que vem e encerrar a CPI. Se não temos condições de ficar atuando para buscar a verdade, não vamos ficar fazendo teatro na CPI”, disse Salles nesta quinta-feira, 10.

Nesta quarta-feira, 9, a CPI do MST nem sequer conseguiu realizar audiência, e a sessão foi encerrada. “Para minha surpresa, deputados foram retirados desta sessão. Não há como seguir com a votação de requerimentos. Espero que ainda consigamos constituir uma maioria no colegiado. Pretendemos avançar com as investigações com o tempo que nos resta”, disse o também deputado Tentente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), presidente da CPI. Salles ainda avaliou que o relatório que irá apresentar na próxima semana deve sair derrotado. “Essa é a última medida. A entrega do relatório e submissão ao voto. Com essa configuração da comissão agora temos sérias dúvidas se aprovariam um relatório. Não estamos nem contando com essa hipótese de aprovar o relatório”, afirmou.

 

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