CPMI do 8 de Janeiro aprova quebra de sigilo do celular de Bolsonaro, Cid e Torres

Votação favorável à medida ocorreu em bloco junto a outras decisões; dois ex-assessores próximos ao ex-mandatário também terão seus dados acessados pelos membros da comissão

  • Por Jovem Pan
  • 13/06/2023 18h41
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CARLOS ELIAS JUNIOR/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Jair Bolsonaro Ex-presidente Jair Bolsonaro viajou para Orlando, nos Estados Unidos, na véspera do término de seu mandato

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de Janeiro, que investiga os atos de vandalismo que ocorreram na sede dos Três Poderes – Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto – aprovou na tarde desta terça-feira, 13, uma quebra de sigilo sobre os dados presentes no celular do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De autoria do senador Rogério Carvalho (PT-SE), o requerimento 390/2023 solicitou que sejam compartilhados os “dados extraídos dos celulares do ex-presidente Jair Bolsonaro, obtidos pela Polícia Federal nas operações em curso”. Além da quebra de sigilo do ex-chefe do Executivo federal, outros dois ex-assessores de Bolsonaro terão uma devassa realizada em seus celulares. O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e o ex-ajudante de ordens da presidência, Mauro Cid, também deverão ter seus dados pessoais presentes em seus aparelhos telefônicos compartilhados com a comissão.

Além destes, foi aprovado a convocação dos generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno – ex-ministros da gestão anterior. George Washington de Oliveira, rapaz preso após tentar atacar com bombas nas intermediações do aeroporto internacional de Brasília, no ano passado, foi convocado para dar explicações aos parlamentares. Em relação ao general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e o ex-diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha – que encontrava-se no comando da agência no dia em questão – tiveram seus requerimentos de convocações rejeitados. A oposição buscava chamá-los para sustentar a tese que houve omissão por parte do governo federal.

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