Criador do Telegram diz que houve falha de comunicação com o STF e pede mais tempo para cumprir decisões
Pavel Durov pediu desculpas à Corte e afirmou que a empresa ‘poderia ter feito um trabalho melhor’
O criador do Telegram, Pavel Durov, divulgou um comunicado nesta sexta-feira, 18, em que pediu desculpas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que as tentativas de contato da Corte com a empresa se perderam. “Parece que tivemos um problema entre os endereços de email corporativos do Telegram e da Suprema Corte Brasileira. Como resultado dessa falha de comunicação, o Tribunal decidiu proibir o Telegram por não ter cooperado”, afirmou. “Em nome de nossa equipe, peço desculpas ao Supremo Tribunal Federal por nossa negligência. Definitivamente, poderíamos ter feito um trabalho melhor”, continuou. O ministro Alexandre de Moraes decidiu pela suspensão do aplicativo em todo o país após a negativa da empresa em responder autoridades brasileiras e cumprir decisões judiciais. Durov afirmou que a empresa cumpriu uma decisão proferida no final de fevereiro e respondeu ao STF com uma sugestão para que enviassem futuras solicitações a outro endereço de email.
O fundador do Telegram afirma, no entanto, que a Corte enviou uma decisão judicial para o endereço antigo e o documento acabou se perdendo. “Felizmente, já o encontramos, processamos e entregamos outro relatório ao Tribunal hoje”, destacou. Durov também pediu que o STF adie a decisão de suspender o aplicativo. “Como dezenas de milhares de brasileiros contam com o Telegram para se comunicar com familiares, amigos e colegas, peço ao Tribunal que considere adiar sua decisão por alguns dias, a seu critério, para nos permitir remediar a situação nomeando um representante no Brasil e estabelecendo uma estrutura para reagir a futuras questões urgentes como esta de maneira mais rápida”, declarou. O CEO garantiu que, uma vez estabelecido um canal confiável de comunicação, a empresa poderá processar com eficiência as solicitações de remoção de canais ilegais no Brasil.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.