Deputado bate boca com Haddad e diz que ministro gostaria de ‘estar tocando Blackbird’

Entrevero aconteceu durante audiência na manhã desta quarta-feira; Brunini sugeriu que ministro fosse para o Ministério da Cultura

  • Por Jovem Pan
  • 22/05/2024 16h46 - Atualizado em 22/05/2024 16h59
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Divulgação/Flicker/Ministério da Fazenda Fernando Haddad Haddad rebate indireta de ser negacionista

Nesta quarta-feira (22), durante audiência com parlamentares, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, bateu boca com o deputado bolsonarista Abílio Brunini (PL-MT). Haddad alegou que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro negam que a terra seja redonda. “O senhor é um negacionista da economia? Não acredita nos números? O senhor não queria estar no ministério da Fazenda e gostaria de estar no ministério da Fazenda tocando Black Bird? O senhor está fazendo discurso manso, enquanto o Brasil não está desenvolvendo na economia”, disse Abílio Brunini. Por sua vez, o ministro da Fazenda rebateu. “Essa é a prática do bolsonarismo, não querer ouvir. ‘A vacina, sou contra’. Não quer ouvir. O senhor me chama de negacionista? Eu defendi a vacina o tempo todo. A terra é redonda o tempo todo. Vocês negam que a terra é redonda, vocês negam a vacina, vocês negam que deram o calote em precatório, calote em governador”. O deputado então indagou se o ministro da Fazenda preferia estar no Ministério da Cultura tocando “Blackbird”, música dos Beatles que o Haddad já tocou em durante uma entrevista. Haddad então respondeu que o bolsonarismo não gosta de cultura. Ao ser interpelado se o show da Madonna era cultura, o ministro replicou: “Se não gosta da Madonna, não vai ao show da Madonna. O senhor gosta de monocultura, nem todo mundo é obrigado a ter o mesmo gosto do senhor.”

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Brunini seguiu questionando sobre cortes no Orçamento. “Não teve corte, teve contingenciamento (na verdade, o governo fez um bloqueio), que pode ser liberado até o final do ano. Está respondido? Aguarde. Se chegar até o final do ano contingenciado, o senhor reclama. Se não chegar, o senhor pede desculpa. É assim que funciona a vida democrática”, afirmou.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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