Deputados eleitos em 2022 tomam posse para a 57ª legislatura

No total, 513 políticos assumem seus mandatos na Câmara, com duração de quatro anos e término em 31 de janeiro de 2027

  • Por Jovem Pan
  • 01/02/2023 10h25 - Atualizado em 01/02/2023 10h52
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Bruno Spada/Câmara dos Deputados Câmara dos Deputados posse No total, o 513 políticos eleitos e reeleitos em outubro de 2022 assumem seus mandatos na Casa

A Câmara dos Deputados realiza nesta quarta-feira, 1, a cerimônia de posse dos parlamentares para a 57ª legislatura (2023-2027). No total, o 513 políticos eleitos e reeleitos em outubro de 2022 assumem seus mandatos na Casa, com duração de quatro anos e término em 31 de janeiro de 2027. A solenidade acontece em sessão no Plenário Ulysses Guimarães, onde os deputados de cada Estado e do Distrito Federal prestam o juramento, proferido simbolicamente pelo deputado federal Arthur Lira (PP-AL): “Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”. Os demais empossados, são chamados nominalmente, ratificaram a declaração, dizendo: “Assim o prometo”. Membros do Executivo, líderes partidários, presidentes de legendas e convidados dos deputados também participaram da solenidade.

Parlamentares que assumiram cargos em ministérios e autarquias do governo Lula também participaram da sessão de posse e, agora, serão licenciados dos cargos, sendo substituídos pelos suplentes. Entre eles: Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), ministra do Turismo; Alexandre Padilha (PT-SP), ministro da Secretaria de Relações Institucionais; Juscelino Filho (União-MA), ministro das Comunicações; Luiz Marinho (PT-SP), ministro do Trabalho; Marina Silva (Rede-SP), ministra do Meio Ambiente; Paulo Pimenta (PT-RS), ministro da Secretaria de Comunicação; Paulo Teixeira (PT-SP), ministro do Desenvolvimento Agrário; e Sônia Guajajara (PSOL-SP), ministra dos Povos Indígenas.

Deputado com mais número de mandatos, Átila Lins (PSD-AM) falou sobre as expectativas para a 57ª legislatura e as diferenças da formação da Câmara de 1990, quando iniciou no seu primeiro mandato na Casa. “Faço um paralelo do meu primeiro mandato e desse último. No primeiro, tivemos o impeachment do Collor, CPI dos Anões do Orçamento e, agora, pandemia. Espero que essa nova legislatura seja diferente, até para melhorar e voltar os debates. O presidente [Arthur Lira]  não prejudicou o país, as pautas foram aprovadas, mas pelo sistema remoto, nós deixados grandes debates na Câmara. Espero que as sessões voltem a ser presenciais e a gente veja grandes debates”, disse Lins. Deputada com mais idade entre os políticos empossados, Luíza Erundina (Psol-SP), de 88 anos, falou sobre a representatividade na Casa. “Estou em uma fase que sou alvo de preconceito que sou idosa. Mas posso ser idosa para mostrar para a sociedade e provedores que o sonho não envelhece, estamos para lutar pelos direitos sociais, pelos direitos humanos, pela democracia. É para isso que a gente está aqui. Provavelmente será o último mandato, mas vou me dedicar como se fosse o primeiro. Me casei com a política”, declarou.

A Câmara também realiza a eleição para a presidência da Casa, que tem como candidatos o atual presidente Arthur Lira (PP-AL), que disputa a reeleição, o deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ) e o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), que anunciou sua candidatura na tarde desta terça-feira. O prazo para registro de candidaturas se estende até 15h30. A previsão é que a sessão plenária para eleição da mesa diretora tenha início às 16h30. Ainda nesta quarta, o Senado Federal também realiza cerimônia de posse e eleição da mesa diretora. A previsão é que a solenidade tenha início às 16h. No total, serão 27 senadores empossados. A disputa à presidência da Casa tem como concorrentes: Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente, Rogério Marinho (PL-RN) e Eduardo Girão (Pode-CE).

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