Dias após visitar feira do MST, Alckmin vai a almoço da bancada ruralista: ‘Invasão não pode ser tolerada’

Convidado por parlamentares do agro, vice-presidente defendeu convergência entre demandas do setor rural e a política de reforma agrária

  • Por Brasília
  • 16/05/2023 19h28 - Atualizado em 16/05/2023 19h39
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TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Geraldo Alckmin Alckmin se reuniu com a bancada do agronegócio nesta terça-feira, 16

Em reunião com a bancada ruralista, nesta terça-feira 16, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, se manifestou contra invasões de terras e defendeu a aplicabilidade de leis punitivas nestes casos. A declaração acontece três dias após o vice-presidente visitar uma feira de orgânicos organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), em São Paulo, o que desagradou ruralistas. Na ocasião, Alckmin defendeu a reforma agrária e disse que o tema é pauta do governo federal. Na conversa com parlamentares do agro, o vice-presidente disse que defende a convergência de interesses entre os representantes do agronegócio e movimentos que defendem a reforma agrária, mas que a invasão “não pode ser tolerada”. “Invadiu, tem que desinvadir, cumpra-se a lei. Total respeito à propriedade privada”, disse na reunião com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). “Cada um quer defender o seu lado”, afirmou.

Mais de 80 parlamentares, membros da bancada ruralista, participaram do encontro promovido pela FPA. Entre os presentes, estava a senadora Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura no governo Bolsonaro, que se manifestou nas redes sociais sobre a posição do vice-presidente do governo Lula. Ela publicou uma foto ao lado de Alckmin e demais integrantes da bancada. “Em reunião para debater a pauta prioritária do AGRO, o vice-presidente ⁦Geraldo Alckmin condena invasão de terras”, escreveu. O presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), disse que os recentes conflitos envolvendo movimentos que defendem invasão de terras “afasta” do governo os parlamentares da bancada do agro. “Gera um ponto de preocupação muito grave, e é o que estamos tentando contemporizar em relação a algumas atitudes, como a do presidente Lula, que xingou representantes do agro de fascista. Isso atrapalha muito o diálogo e a construção de pontes”, disse.

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