Dino rechaça ligação entre palavrão de Lula e plano de atentado contra Moro
Ministro da Justiça disse que é ‘vil, leviano e descabido’ politizar a declaração do presidente
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, repudiou, nesta quarta-feira, 22, a ligação entre o palavrão usado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o plano de atentado contra o ex-juiz Sérgio Moro, atual senador pelo União Brasil. “É vil, leviano e descabido fazer qualquer vinculação desses eventos com a declaração. É mal caratismo tentar politizar esse evento”, comentou. Na terça-feira, 21, Lula afirmou que, durante seu período preso em Curitiba, queria se vingar do então juiz Moro. “De vez em quando um procurador entrava lá de sábado, ou de semana, para visitar, se estava tudo bem. Entrava três ou quatro procuradores e perguntava ‘tá tudo bem?’. Eu falava ‘não está tudo bem. Só vai estar bem quando eu f**** esse Moro’”, disse o presidente, em entrevista ao canal TV 247. Para Flávio Dino, essa politização da declaração de Lula apenas ajuda a organização criminosa alvo da ofensiva aberta pela Polícia Federal (PF) nesta manhã. O ministro, inclusive, falou que soube há 45 dias, pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), do planejamento para execução de ações violentas. Dino reforçou que “não há como” vincular declaração dada pelo presidente nesta terça a uma investigação que “tem meses”. “Fico espantado com o nível de mal-caratismo de quem tenta politizar uma investigação séria, que é tão séria que foi feita em defesa da vida e da integridade de um senador que é oposição ao nosso governo”, ressaltou. De acordo com o ministro, a operação da PF aponta que “não há nenhum aparelhamento do Estado, nem a favor, nem contra ninguém”, acrescenta.
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