‘Nunca defendi nem verbalizei a favor de qualquer movimento antidemocrático’, diz dono do Coco Bambu
Afrânio Barreira Filho e outros sete empresários são alvos de mandados de busca e apreensão expedidos por Alexandre de Moraes por mensagens suspeitas em grupo de WhatsApp
O empresário Afrânio Barreira Filho se posicionou a respeito da operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta terça-feira, 23, pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados a oito empresários acusados de defender, em mensagens encaminhadas em um grupo de WhatsApp, um golpe de Estado em caso de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições. Em comunicado enviado à Jovem Pan, o dono da rede de restaurantes Coco Bambu, disse estar “absolutamente tranquilo” com a ação policial, uma vez que não se manifestou favorável ou contra as mensagens sobre a possibilidade de um golpe no Brasil, sinalizando a leitura apenas com um emoji. “Confio na Justiça e vamos provar que sempre fui totalmente favorável à democracia. Nunca defendi, verbalizei, pensei ou escrevi a favor de qualquer movimento antidemocrático ou de golpe. Assim, sou a favor da liberdade, democracia e de um processo eleitoral justo”, afirmou.
Mais cedo, a defesa do empresário considerou que a operação seria “fruto de perseguição política e denúncias falsas, as quais não tem nenhum fundamento”. “Foi apreendido apenas dois celulares e o Afrânio está absolutamente tranquilo e querendo esclarecer os fatos voluntariamente à polícia, pois tem certeza que, após as suas declarações, esse inquérito será arquivado sem nenhuma consequência para ele e para os outros empresários, mas com consequências gravíssimas para as pessoas que fizeram essas denúncias falsas”, declarou o advogado Daniel Maia. A PF cumpre mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará. Além de Barreira Filho, também são alvos: Luciano Hang (Havan), Ivan Wrobel (W3 Engenharia), José Isaac Peres (Multiplan), José Koury, (Shopping Barra World), Luiz André Tissot (Sierra Móveis), Marco Aurélio Raymundo (Mormaii) e Meyer Joseph Nigri (Tecnisa). Além das ações de buscas, a determinação também inclui bloqueio das contas bancárias dos empresários, assim como dos perfis nas redes sociais, tomada de depoimentos e quebra de sigilo bancário.
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