Bolsonaro ataca Lula após contradição sobre aborto: ‘Encantador de serpentes’

Presidente realizou as acusações durante transmissão ao vivo junto com o empresário Pablo Marçal e ressaltou que o petista mudou seu entendimento à respeito do tema porque ‘pegou mal’

  • Por Jovem Pan
  • 13/10/2022 21h58 - Atualizado em 13/10/2022 21h59
RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Jair Bolsonaro Jair Bolsonaro foi derrotado nas eleições presidenciais para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outubro de 2022

O presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou uma transmissão ao vivo ao lado do empresário Pablo Marçal nesta quinta-feira, 13, e aproveitou o espaço para realizar ataques contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao comentar sobre o aborto, tema o qual o petista se posicionou recentemente de maneira contrária, o chefe do Executivo chamou seu adversário eleitoral de “encantador de serpentes” e “camaleão da política” – em decorrência da sua sucessiva mudança de opinião. “Não dá para comparar, por exemplo, quatro anos de Lula com os nossos quatro, que estamos terminando agora, ou seja, uma diferença enorme em todos os aspectos. Agora o Lula virou contrário ao aborto. Ele viu que pegou mal ele falar que o aborto é questão de saúde pública, que essa história de família é ultrapassada. Pegou mal, ele muda de posição”, acusou o comandante do Planalto. A fala de Bolsonaro refere-se ao posicionamento de Lula favorável ao aborto no passado e seu entendimento contrário no presente. Já o ‘coach’ Pablo Marçal, que tentou pleitear uma candidatura à presidência da República pelo Pros, ressaltou que não é possível dissociar a política da religião. “Quem fala que não pode é porque a pessoa não entende ou de política, ou de religião. Então, um grande pregador aí do passado dizia o seguinte: se você não mistura política e religião, vão se levantar falsos profetas e políticos ladrões”, disse. A corrida ao Planalto de Marçal foi barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 6 de setembro, em decorrência de disputas internas da legenda. Embora seu partido integre a coligação de Lula, Marçal enaltece e apoia uma continuidade do governo federal pelos próximos quatro anos.

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