Doria diz que, caso sua campanha não deslanche, apoiará quem for capaz de vencer Lula e Bolsonaro
Postulação do governador tem sido colocada em xeque em virtude das negociações para federações partidárias entre PSDB e outros partidos
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta terça-feira, 22, que, caso sua campanha à Presidência da República não deslanche, apoiará qual outro candidato que seja capaz de vencer Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL). A pré-candidatura de Doria ao Palácio do Planalto tem sido colocada em xeque em virtude das negociações para federações partidárias entre PSDB e outras legendas. A federação com o Cidadania foi aprovada no último sábado, 19. Os partidos ainda pretendem estender a aliança com o MDB e o União Brasil. Enquanto o Cidadania anunciou o senador Alessandro Vieira como pré-candidato, o MDB lançou a senadora Simone Tebet e o PSDB, o governador João Doria, que disse não ver problema em abrir mão de sua postulação caso outra seja capaz de oferecer uma condição melhor para o Brasil.
“Eu amo meu país. Em nome desse amor pelo Brasil, eu não vou colocar esse projeto pessoal a frente daquilo que sempre foi a índole que me fez ter orgulho de ser brasileiro. O povo do meu país é mais importante que eu mesmo. Se lá adiante, eu tiver que oferecer o meu apoio para que o Brasil não tenha mais essa triste dicotomia, esse pesadelo de ter Lula ou Bolsonaro, eu estarei ao lado daquele ou de quantos forem capacitados de dispor de uma condição melhor para o Brasil”, disse Doria em evento do BTG Pactual. O governador de São Paulo, no entanto, defende que ainda não é o momento dos políticos da terceira via desistirem de suas candidaturas em nome de outra. “Todos que estão participando têm que manter sua candidatura. Hoje falei com a senadora Simone Tebet, por quem tenho muita admiração. Tem que manter a candidatura dela, o Sergio [Moro] tem que manter a candidatura dele. A nossa candidatura também [tem que ser mantida]. Temos que manter todas aquelas que compõem o centro democrático e liberal até o esgotamento dos diálogos pelos líderes partidários”, defendeu Doria.
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