Doria tem mais que o dobro de intenções de votos de Tebet, mas taxa de rejeição ainda é alta
Senadora foi escolhida como pré-candidata da terceira via por ter maior potencial de crescimento; a parlamentar é conhecida por apenas 55% do eleitorado
O pré-candidato João Doria (PSDB) tem mais que o dobro de intenções de voto da senadora Simone Tebet (MDB). Os dados são da pesquisa do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) divulgada nesta sexta-feira, 20. Segundo o levantamento, 33% do eleitorado “poderia votar” no ex-governador ante 14% que afirmaram o mesmo para a parlamentar. Na última quarta-feira, 18, a cúpula do PSDB, MDB e Cidadania se reuniram em Brasília para analisar os resultados das pesquisas quantitativas e qualitativas encomendada para avaliar a viabilidade eleitoral de Doria e Tebet. Durante o exame dos dados, os caciques deliberaram que a parlamentar tem maior capacidade de angariar votos e vencer a polarização entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
O argumento foi contestado pela equipe do ex-gestor paulista com base no levantamento do Ipespe. “O resultado, que indica um potencial de voto maior para o ex-governador João Doria, vai na contramão da interpretação da cúpula do PSDB, MDB e Cidadania, que optaram por Simone Tebet como cabeça de chapa alegando que ela foi melhor em pesquisa interna não divulgada nem mesmo para o próprio pré-candidato”, diz nota da assessoria do presidenciável. Uma das justificativas da terceira via para a escolha da senadora é o baixo índice de conhecimento — apenas 55% dos eleitores sabem quem é a sul-mato-grossense ante 92% que conhecem o paulista.
Sendo assim, Tebet tem um potencial de crescimento, de conquistar o eleitorado e aumentar sua vantagem. Além do mais, a emedebista tem uma rejeição mais baixa que a de Doria — uma diferença de quase 20 pontos. Dos entrevistados, 53% não votariam “de jeito nenhum” no ex-governador. O índice para a senadora é de 37%. A pesquisa foi realizada no período de 16 a 18 de maio e ouviu mil pessoas a partir de 16 anos de idade e de todas as regiões do país. As entrevistas foram feitas por telefone. A margem de erro máximo estimada é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,5%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-08011/2022.
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