TSE pede explicação do PL por uso de fundo partidário para bancar auditoria contra urnas eletrônicas
Material contratado pela legenda apontou supostas falhas no sistema eleitoral e argumenta que números podem ser manipulados; presidente do partido afirmou que a sigla não criará ‘problemas’ nas eleições
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), através do corregedor-geral da Justiça, ministro Benedito Gonçalves, determinou nesta quinta-feira, 29, que o Partido Liberal (PL) explique os gatos com uma pesquisa contratada pela legenda com supostas ‘falhas’ encontradas no sistema eleitoral. A equipe de reportagem da Jovem Pan teve acesso à decisão e, nela, o magistrado intima o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e cede o prazo de 24 horas para que a sigla envie à Corte eleitoral informações sobre o uso de recursos públicos “oriundos do Fundo Partidário na contratação de serviços que resultaram no documento ‘Resultados da auditoria de conformidade do PL no TSE'”. Classificado como “falso” pelo TSE, o levantamento realizado pelo partido argumenta que as urnas eletrônicas poderiam ser manipuladas por um “grupo restrito de servidores e colaboradores” da Corte. Moraes, que comanda a Corte eleitoral, argumentou que as conclusões do documento não encontram “nenhum amparo na realidade” e que trata-se de uma “clara tentativa de embaraçar e tumultuar o curso natural do processo eleitoral”. O levantamento contrata com as recentes declarações do mandatário da Sigla, já que Valdemar encontrou-se com o presidente do TSE, Alexandre de Moraes na última quarta-feira e afirmou que sua legenda – que abriga a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro – “não vai criar problemas” para o processo eleitoral.
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