Boulos faz carreata com vereador investigado por assassinato e ligação com PCC

Senival Moura é alvo de investigações da Polícia Civil de São Paulo, que apura seu envolvimento com a empresa de ônibus Transunião; psolista reforça que ele não exerce função na campanha

  • Por da Redação
  • 21/10/2024 13h30 - Atualizado em 21/10/2024 13h32
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Reprodução/Instagram/@vereadorsenivalmoura Senival Moura (à dir.) participa de carreata com Guilherme Boulos em Guaianases, na zona leste de São Paulo Senival Moura (à dir.) participa de carreata com Guilherme Boulos em Guaianases, na zona leste de São Paulo

A uma semana do segundo turno das eleições municipais em São Paulo, o candidato à prefeitura Guilherme Boulos (PSOL) fez campanha ao lado do vereador Senival Moura (PT), investigado por suposto envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). O parlamentar, que é presidente da Comissão de Trânsito e Transporte da Câmara Municipal, acompanhou Boulos em uma carreata no bairro de Guaianases, na zona leste, onde possui forte base eleitoral. Moura é alvo de investigações da Polícia Civil de São Paulo, que apura sua ligação com a Transunião, empresa de ônibus operante na zona leste da capital. O vereador é suspeito de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao PCC, além de ser investigado pela morte de Adauto Soares Jorge, ex-diretor da Transunião, em 2020. Segundo os investigadores, a empresa teria sido usada para atividades ilícitas, como lavar dinheiro de membros da facção criminosa.

Durante a carreata, Senival Moura agradeceu o apoio da população, destacando a adesão mesmo sob condições climáticas desfavoráveis. O evento foi registrado nas redes sociais do vereador, que tem sido um importante aliado de Boulos na região. As investigações contra Moura também envolvem acusações de homicídio, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Recentemente, a Polícia Civil apreendeu ônibus da Transunião e prendeu suspeitos ligados ao assassinato de Adauto Soares Jorge. Depoimentos colhidos pelas autoridades indicam a influência de Senival na empresa, mesmo quando ele não ocupava cargos formais.

O vereador nega as acusações e afirma que não tem nenhum vínculo com o PCC. Em 2022, ao falar sobre a morte de Adauto, disse que sente “até hoje essa perda, principalmente pela forma cruel e violenta que foi”. Também ressaltou que “no momento da morte do Adauto, nem eu e nem ele tínhamos mais qualquer vínculo com a empresa Transunião S/A“.

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Guilherme Boulos, por sua vez, tem usado as investigações relacionadas a contratos de ônibus em São Paulo para criticar a gestão do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), prometendo “passar a limpo” os contratos de transporte público da capital. A campanha de Boulos afirmou desconhecer os desdobramentos das investigações sobre o vereador e reforçou que ele não exerce função na campanha.

Publicada por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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