Boulos participa de sabatina organizada por Marçal, faz aceno para eleitores de direita e diz que não se move por mágoa

Conversa ocorreu em tom cordial, bem diferente dos debates do primeiro turno; candidato do PSOL expressou sua insatisfação com a ausência de Ricardo Nunes, chamando-o de ‘fantoche’ de Tarcísio de Freitas

  • Por da Redação
  • 25/10/2024 15h22 - Atualizado em 25/10/2024 16h29
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RODOLFO BUHRER/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO MARÇAL/ENTREVISTA - POLÍTICA Boulos abordou sua baixa aceitação nas pesquisas, atribuindo essa rejeição a informações distorcidas sobre sua trajetória pessoal e política

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), candidato à Prefeitura de São Paulo, participou de uma sabatina promovida pelo influenciador e ex-candidato Pablo Marçal (PRTB) nesta sexta-feira (25). Durante a transmissão ao vivo, Boulos respondeu a diversas perguntas e buscou se conectar com o público de Marçal, terceiro colocado no primeiro turno da eleição, que havia desafiado tanto o psolista quanto o atual prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) a participar do evento. Nunes, no entanto, recusou o convite e não atendeu à ligação de Marçal durante a transmissão.

Em um tom cordial, a conversa marcou uma diferença em relação aos embates mais acirrados do primeiro turno, quando Marçal utilizou acusações contra Boulos. O ex-coach, que evitou as provocações dos encontros anteriores, disse ter se surpreendido com o aceite do adversário, que afirmou não fugir de debates. “Se fosse levar para o pessoal, eu seria a última pessoa a aceitar esse convite, até pelos ataques da sua candidatura. Mas não me movo por mágoa, ressentimento, e sim por um propósito”, declarou o psolista. “Goste ou não, você teve mais de 1 milhão e 700 mil votos dos paulistanos. A maioria das pessoas que votaram em você quer a mudança. Governando para São Paulo, vou ter que governar para todos, até para os que votaram em você.”

Questionado sobre temas variados, como empreendedorismo e políticas habitacionais, o candidato do PSOL defendeu a igualdade de oportunidades para todos, independentemente da posição social. “Prosperidade não é só cifrão na conta. É garantir que cada um tenha a chance de prosperar do seu jeito”, afirmou Boulos, em resposta a perguntas sobre o conceito de sucesso.

Boulos também prometeu combater invasões criminosas de terrenos ligadas ao tráfico de drogas, criticando a gestão atual por supostamente não agir de maneira eficaz contra essas ocupações. Ele assegurou que um eventual governo seu priorizaria políticas habitacionais para reduzir a necessidade de ocupações por movimentos sociais. Ao longo da sabatina, Boulos mencionou políticas de Marçal que ele incorporou em sua campanha, como as “escolas olímpicas” e a educação financeira nas escolas municipais. Ele enfatizou que estava disposto a adotar boas ideias, independentemente da origem, afirmando: “Não tenho problema em reconhecer uma boa ideia”. O esquerdista também abordou sua baixa aceitação nas pesquisas, atribuindo essa rejeição a informações distorcidas sobre sua trajetória pessoal e política. Essa defesa de sua imagem foi um ponto central em sua fala.

Marçal, por sua vez, afirmou que não votaria nem em Boulos nem em Nunes e disse que liberaria seus eleitores para escolherem livremente. Segundo o influenciador, ele não apoia nenhum dos dois candidatos por questões ideológicas e enfatizou que “não vota na esquerda”. Em suas considerações finais, Boulos se posicionou como o candidato da transformação e fez um apelo aos eleitores de Marçal, ressaltando que as questões ideológicas não devem interferir nas necessidades diárias da população. A sabatina foi encerrada por Marçal, que fez uma oração e aproveitou para criticar o pastor Silas Malafaia, destacando a importância de um debate saudável e respeitoso na política.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicada por Matheus Oliveira

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