Em áudios, Mauro Cid aponta o dia da diplomação de Lula como escolhido para o suposto golpe

Conversa de Cid com Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, foi obtida pela PF, e pelas mensagens, Cid dizia que iria conversar com Bolsonaro para colocar plano em prática ‘antes do dia 12’ porque o ‘tempo está curto’

  • Por da Redação
  • 25/11/2024 16h56 - Atualizado em 25/11/2024 17h00
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WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Após Mauro Cid depor por três horas, Moraes mantém validade de delação Cid mencionou que a ação deveria ser realizada "antes do dia 12", referindo-se à diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, marcada para 12 de dezembro no Tribunal Superior Eleitoral

Áudios obtidos pela Polícia Federal durante uma investigação sobre uma suposta conspiração golpista no final do governo de Jair Bolsonaro revelam conversas entre o tenente-coronel Mauro Cid e um colega sobre a possibilidade de um golpe de Estado. Cid mencionou que a ação deveria ser realizada “antes do dia 12”, referindo-se à diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, marcada para 12 de dezembro no Tribunal Superior Eleitoral.

O tenente-coronel expressou sua inquietação em relação à inação de Bolsonaro após a derrota nas eleições, afirmando que “o tempo está curto”. Ele planejava discutir a situação com o presidente, ressaltando que Bolsonaro costuma esperar para avaliar quais apoios possui antes de agir. O interlocutor de Cid, identificado como “general”, era Mario Fernandes, que na época ocupava o cargo de secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência.

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Mario Fernandes também foi alvo da Operação Contragolpe e está sob investigação por supostas intenções de assassinar Lula, Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A apuração revelou que Fernandes imprimiu um documento detalhando o plano de assassinatos no Palácio do Planalto e fez cópias que seriam distribuídas em uma reunião subsequente. No dia seguinte à impressão do documento, Fernandes esteve no Palácio da Alvorada, onde Bolsonaro costumava despachar na maior parte dos dias durante o final de seu mandato.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Victor Oliveira

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