Em discurso por vídeo, Bolsonaro diz que deve ‘lealdade’ aos apoiadores
Presidente fez uma breve manifestação aos aliados que participam de ato pró-governo na Avenida Paulista, na tarde deste domingo, 1º
Em um rápido discurso por vídeo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que deve “lealdade” aos seus apoiadores, que se concentram, na tarde deste domingo, 1º, na Avenida Paulista. “Uma satisfação muito grande poder cumprimenta-los nessa manifestação pacífica em defesa da constituição, da família e da liberdade. Devo lealdade a todos vocês, temos um governo que acredita em Deus, respeita os seus militares , defende a família e deve lealdade ao seu povo”, disse. A transmissão da fala do mandatário do país foi feita por um telão disponibilizado pelo movimento “Nas Ruas”, do empresário Tomé Abduch. Em um recado aos aliados que estão nas ruas da capital paulista, o chefe do Executivo federal disse que irá “onde vocês estiverem”, acrescentando que seu governo “defende a família”.
Após a manifestação, Abduch disse que Bolsonaro “está dando a vida por todos nós” e que os apoiadores se mobilizaram no Dia do Trabalho para demonstrar apoio ao que chamou de “decreto constitucional” concedido na quinta-feira, 21, ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado a 8 anos e 9 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ataques às instituições e aos ministros da Corte. Na Paulista, apoiadores exibem cartazes com os dizeres “Impeachment de Alexandre [de Moraes, ministro da Corte] já”, “Fora, Xandão”, em alusão ao nome do magistrado, e “Tribunal Superior Eleitoral é um partido político inimigo do Brasil”.
Na manhã deste domingo, Bolsonaro cumprimentou apoiadores que estavam concentrados próximos à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e voltou ao Palácio do Planalto sem discursar. O youtuber João Salas, um dos organizadores do ato, disse que o mandatário do país não se manifestou em razão das restrições da Lei Eleitoral. Salas disse que a candidatura do presidente poderia ser impugnada caso ele discursasse. “A gente não pode prejudicar o nosso presidente”, afirmou. Após o anúncio de que o chefe do Executivo federal não falaria, houve rápida dispersão dos presentes.
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