Exonerado da Abin, Moretti diz que ele determinou apuração sobre espionagem
Cargo será assumido pelo cientista político Marco Aurélio Chaves Cepik
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O ex-diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alessandro Moretti, afirmou, nesta quarta-feira, 31, que as apurações sobre a utilização ilegal do software israelense FirstMile por funcionários do órgão, foi determinada por ele. Na época, o delegado ocupava o cargo de diretor-geral e afirmou que todo o material coletado por meio de investigação interna foi compartilhado com a Polícia Federal (PF). “Venho a público para esclarecer que, após minha determinação, na época como Diretor-Geral em exercício, é que foram iniciados os trabalhos de apuração interna relacionados ao uso de ferramenta, com a instauração de sindicância investigativa pela Corregedoria-Geral. Todo o material probatório coletado e produzido pela ABIN foi compartilhado com a Polícia Federal, que também teve atendidas todas suas solicitações à Agência. Por esta razão, grande parte do material que instrui o inquérito da PF é fruto da apuração conduzida com total independência na ABIN”, disse o ex-diretor, em nota.
A exoneração de Moretti foi assinada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e publicada em edição extra do Diário Oficial da União desta terça-feira, 30, a função passa a ser exercida pelo cientista político Marco Aurélio Chaves Cepik. Nesta semana, a Polícia Federal deflagrou outra fase da Operação Vigilância Aproximada, que investiga pessoas envolvidas na utilização de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas, sem a devida autorização judicial.
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