Fávaro defende punir quem ‘passa boiada’ e Salles rebate: ‘Fazendo gracinha’
Ministro da Agricultura e relator da CPI do MST protagonizaram bate-boca durante depoimento nesta quinta-feira, 17
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o relator da CPI do MST, deputado Ricardo Salles (PL-SP), protagonizaram um momento de tensão durante a CPI do MST nesta quinta-feira, 17. Questionado por Salles sobre as críticas de membros do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ao agronegócio, o ministro defendeu punições para quem “passar a boiada”: “Aqueles que querem transgredir, aqueles que querem desmatar ilegalmente, passar a boiada, têm que ser punidos com o rigor da lei. Pronto, acabou”, disse Fávaro a Salles, fazendo referência ao termo usado por ele quando ocupava o cargo de ministro do Meio Ambiente no governo Bolsonaro. Em resposta, Salles disse não ter vergonha de ter falado “passar a boiada” porque disse ser “muito amigo da pecuária”.
A fala polêmica do relator foi feita em abril de 2020, durante uma reunião ministerial. “Passar a boiada é muito positivo. (…) O senhor, como senador, cansou de ir no meu ministério fazer a defesa de produtores rurais do seu Estado”, afirmou o relator, que também acusou o atual ministro do governo Lula 3 de usar a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para se eleger. “O que me espanta é o senhor ter feito campanha para o Senado com o nome do Bolsonaro e depois vir ser ministro do PT. O senhor fica fazendo gracinha com a história da boiada”, completou Salles.
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