Governadores estudam rever congelamento do ICMS de combustíveis

Segundo apurou a Jovem Pan, decisão ainda divide os gestores estaduais; assunto será discutido pelo Comsefaz no final do mês de janeiro

  • Por André Siqueira
  • 12/01/2022 17h56
Agência Brasil/Arquivo Aumento de 11% dos combustíveis puxou IPCA-15 no mês de março Congelamento do imposto foi adotado pelos governadores em outubro do ano passado, em resposta às críticas do presidente Jair Bolsonaro

Com o novo reajuste da Petrobras e a falta de uma proposta do governo Bolsonaro para conter a alta dos preços, os governadores estudam rever o congelamento do ICMS de combustíveis. O assunto será discutido no final do mês de janeiro em uma reunião do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz). A partir desta quarta-feira, 12, o litro da gasolina será vendido para as distribuidoras a R$ 3,24, alta de 4,8% ante os R$ 3,09 cobrados até então. Já o diesel passará a ser R$ 3,61 o litro, aumento de 8% contra o preço atual de R$ 3,34.

O congelamento do ICMS, que vigora até o fim deste mês, foi adotado em outubro do ano passado, em resposta às críticas do presidente Jair Bolsonaro aos governadores. À época, o chefe do Executivo federal atribuiu aos gestores estaduais, em mais de uma ocasião, a culpa pelo aumento dos preços da gasolina e do óleo diesel. Segundo apurou a Jovem Pan, a ideia de rever a medida ainda divide os governadores. De modo geral, os comandantes dos Estados defendem a capitalização do fundo de equalização dos combustíveis como solução. “Cada vez mais claro, quem faz subir o preço dos combustíveis no Brasil são os aumentos da Petrobras. Sempre sustentamos que o valor do combustível tem a ver com a dolarização do Petróleo e vinculação feita no Brasil”, diz o coordenador do Fórum de Governadores, Wellington Dias (PT), do Piauí.

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