Governo Lula tira Polícia Federal de desfile do 7 de Setembro

Mais órgãos devem ficar de fora do desfile da Independência; governo quer ‘despolitizar’ a data

  • Por Brasília
  • 21/08/2023 13h16 - Atualizado em 21/08/2023 13h18
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Gesival Nogueira/Ato Press/Estadão Conteúdo - 07/09/2022 Bolsonaro em um cercadinho alto, com proteção amarela à sua frente Luciano Hang à sua esquerda e mais uma dezena de apoiadores ao redor, fala durante ato de 7 de setembro no Rio Jair Bolsonaro (PL), e o empresário Luciano Hang participaram do desfile de 7 de Setembro em comemoração ao Bicentenário da Independência do Brasil na Esplanada dos Ministérios, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tirou a Polícia Federal do tradicional desfile cívico-militar do dia 7 de Setembro deste ano. Tradicionalmente, a força policial participa da cerimônia. A intenção, segundo o governo, é “despolitizar” o Dia da Independência do Brasil. O comunicado já foi feito pelo diretor-geral da PF, Andrei Passos. Ele explicou às superintendências estaduais que, apesar de não desfilar enquanto corporação, membros da Polícia Federal poderão participar da solenidade caso sejam convidados pela comitiva das autoridades de seus respectivos Estados. “Considerando determinação recebida do Cerimonial da Presidência da República e visando a padronização em nível nacional, comunico que a Polícia Federal não integrará o aparato do desfile de 7 de Setembro. Ressalto que não há objeção dos dirigentes das Unidades no dispositivo de autoridades caso convidados”, diz o comunicado. Ainda não há confirmação sobre outras entidades que vão ficar de fora do 7 de Setembro, mas o governo Lula quer uma cerimônia mais enxuta do que as vistas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

O esquema de segurança para o 7 de Setembro deve ser semelhante ao da posse presidencial de Lula. Haverá controle da entrada e da saída da Esplanada dos Ministérios. O governo do Distrito Federal (GDF) vai reforçar a segurança do evento. O governo e o GDF entendem que não haverá mobilização de eleitores de Bolsonaro ou de antagônicos ao atual chefe do Poder Executivo. No entanto, a decisão é de prevenir para evitar atos de violência como os observados na diplomação de Lula, em 12 de dezembro, e, principalmente, a depredação e invasão dos prédios dos Três Poderes como no 8 de janeiro. Nos últimos anos, o 7 de Setembro ficou marcado por grandes eventos promovidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

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