PF faz busca e apreensão em casa de Ibaneis Rocha

Operação em endereços ligados ao governador afastado foi autorizada por Alexandre de Moraes; ex-secretário de Segurança do DF também é alvo

  • Por Jovem Pan
  • 20/01/2023 14h44 - Atualizado em 20/01/2023 16h41
Alan Santos/PR - 25/03/2022 Ibaneis Rocha Ibaneis Rocha foi afastado do governo do Distrito Federal após a invasão em Brasília

A Polícia Federal cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na residência e locais de trabalho do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), nesta sexta-feira, 20. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que apura a participação de agentes públicos nos atos de vandalismo e invasão às sedes dos três Poderes em Brasília, no último dia 8 de janeiro. A operação acontece a pedido do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, da Procuradoria-geral da República (PGR). O ex-secretário interino de Segurança Pública do DF, Fernando Sousa Oliveira, também é alvo da operação. Segundo comunicado da PF, o objetivo da operação é “buscar provas para instruir o inquérito instaurado para apurar condutas de autoridades públicas que teriam se omitido na obrigação de impedir os atos violentos registrados naquela data em Brasília”. As ações na residência de Ibaneis foram encerradas às 16h34, mas a PF segue com buscar em outros endereços. A reportagem entrou em contato com o advogado Alberto Toron, que representa o governador afastado. Ele informou que a defesa irá se manifestar “após o encerramento da diligência de busca e apreensão”.

Como a Jovem Pan mostrou, Ibaneis Rocha foi afastado por 90 dias do Palácio do Buruti em 8 de janeiro, após determinação do ministro Alexandre de Moraes. Na visão do magistrado, “a escalada violenta” contra as sedes dos Poderes no último domingo teve “circunstâncias que somente poderiam ocorrer com a anuência, e até participação efetiva, das autoridades competentes pela segurança pública e inteligência”, o que justificaria o afastamento de Ibaneis, assim como de secretários do Distrito Federal. “Absolutamente nada justifica a omissão e conivência do Secretário de Segurança Pública e do Governador do Distrito Federal com criminosos que, previamente, anunciaram que praticariam atos violentos contra os Poderes constituídos”, ressaltou na decisão, referendada pelo plenário da Suprema Corte.

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