Justiça rejeita pedido da defesa e determina transferência de Milton Ribeiro para Brasília

Advogado do ex-ministro da Educação queria que ele permanecesse em São Paulo após ser preso na operação Acesso Pago, que investiga prática de tráfico de influência e corrupção no FNDE

  • Por Jovem Pan
  • 22/06/2022 16h30 - Atualizado em 22/06/2022 16h34
Divulgação/Ministério da Educação - 30/04/2021 Milton Riobeiro sentado durante evento, em mesa com flores Atendimento aos prefeitos em São João da Boa Vista (SP) - Fotos: Catarina Chaves/MEC Ministro da Educação, Milton Ribeiro.

O advogado Daniel Bialski, que defende Milton Ribeiro da acusação de tráfico de influência e corrupção na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), declarou que não foi aceito seu pedido para que o ex-ministro da Educação permanecesse em São Paulo. Segundo ele, a Justiça determinou que a audiência de custódia seja feita na superintendência da Polícia Federal em Brasília. Ribeiro foi preso uma operação da PF deflagrada nesta quarta-feira, 22, batizada de “Acesso Pago”. A defesa afirma que “inexiste razão para a prisão preventiva editada” e que “a custódia é injusta, desmotivada e indiscutivelmente desnecessária”.

Milton Ribeiro é investigado pela PF desde março por suposto esquema de favorecimento e liberação de verbas a pastores dentro do Ministério da Educação.  O religiosos Gilmar dos Santos e Arilton Moura são apontados como membros de um gabinete paralelo do MEC, sendo responsáveis por intermediar reuniões entre os prefeitos e o ex-ministro. Os pastores também são alvo de investigação da Polícia Federal. A audiência de custódia presencial, por ora, foi mantida para esta quinta-feira, 23, em Brasília, às 14 horas. Em nota, o Ministério da Educação esclareceu que recebeu uma equipe da Polícia Federal “para continuar colaborando com todas as instâncias de investigação que envolvem a gestão anterior”. A pasta também reforçou que o governo “não compactua com qualquer ato irregular e o continuará a colaborar com as investigações”.

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