‘Liberdade de expressão não abriga ódio e violência’, afirma presidente do STF

Em plenário, Rosa Weber comentou sobre os episódios de hostilidades que os magistrados da Suprema Corte sofreram por manifestantes durante viagem à Nova York; Moraes e Barroso foram alvos de questionamentos

  • Por Jovem Pan
  • 16/11/2022 18h04
Nelson Jr./SCO/STF A ministra Rosa Weber sentada em sua cadeira e usando um óculos com armação amarela Ministra Rosa Weber é a atual presidente do Supremo Tribunal Federal

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, utilizou seu tempo de fala na sessão plenária desta quarta-feira, 16, para opinar sobre as hostilidades que os ministros da corte sofreram durante viagem à Nova York, nos Estados Unidos, onde participaram do Lide Brazil Conference, evento organizado pelo grupo de lideres empresariais ligado ao grupo Doria. Segundo a mandatária, o conceito de liberdade de expressão “não abriga agressões e manifestações que incitem ódio e violência, inclusive moral”. Após citar trechos da Declaração de Princípios sobre a Tolerância, da Unesco, em referência à celebração do Dia Internacional da Tolerância, Weber ressaltou que a tolerância “é a harmonia na diferença”, que sua presença no debate político é uma “exigência” e que tolerar “não é concessão, condescendência ou indulgência”, mas uma “atitude ativa de reconhecimento dos direitos humanos universais e das liberdades fundamentais dos outros”. As manifestações de Rosa referem-se aos questionamentos sofridos pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de manifestantes em solo norte-americanos. No início da semana, um brasileiro anunciou no Twitter que acionou a polícia local, em Washington, contra o ministro Alexandre de Moraes após o membro do judiciário ameaçar a sua filha de 17 anos. O rapaz estava em uma live, dentro de um restaurante e “o senhor Alexandre de Moraes junto com sua esposa, estava numa mesa e veio para cima da minha filha”. Já Luis Roberto Barroso, seu colega de Suprema Corte, foi questionado sobre o sistema eleitoral brasileiro e respondeu ao manifestante: “Perdeu, mané, não amola”.

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