Lira espera posição do governo sobre direção da Caixa Econômica Federal

Presidente da Câmara cobra cumprimento de acordo que prevê que o Centrão assuma a presidência e as 12 vice-presidências do banco público

  • Por da Redação
  • 04/10/2023 16h29
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ANDRE VIOLATTI/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), participam da cerimônia para sanção do projeto de lei que reajustou o salário mínimo para R$1.320 neste ano Articulação ganhou força no final do semestre, após o governo obter êxito na aprovação de importantes itens da pauta econômica na Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta quarta-feira, 4, que aguarda a posição do governo Lula em relação à entrega da direção da Caixa Econômica Federal para seu grupo político. Lira ressaltou que a perspectiva depende do Planalto e que é necessário aguardar. As declarações foram dadas durante uma entrevista coletiva após sua participação no seminário sobre os 35 anos da Constituição Federal.

Em uma entrevista recente ao jornal “Folha de S. Paulo“, Lira afirmou ter feito um acordo com o governo para que membros do Centrão assumam a presidência e as 12 vice-presidências do banco público. No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou essa articulação, afirmando que apenas ele tem o poder de interferir na Caixa e que fará isso quando julgar necessário. Nos bastidores, a articulação ganhou força no final do primeiro semestre, após o governo obter êxito na aprovação de importantes itens da pauta econômica na Câmara, como o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária. Como resultado dessa vitória, o grupo político liderado por Lira assumiu o controle de dois ministérios: Esporte e Portos e Aeroportos. Agora, eles reivindicam o comando da Caixa.

O governo ainda depende de Lira para dar continuidade à aprovação de itens essenciais da pauta econômica, como o projeto de tributação dos fundos de alta renda, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a lei orçamentária de 2024. Após ser votada no Senado, a reforma tributária retornará à Câmara para análise.

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