Lula admite possibilidade de veto ao marco temporal ser derrubado

Presidente comparou o Congresso à ‘raposa cuidando do galinheiro’ ao falar sobre projeto de lei aprovado pelos parlamentares; tese foi declarada inconstitucional pelo STF

  • Por da Redação
  • 02/12/2023 15h55
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Reprodução/Canal Gov lula-g20-reproducao-canal-gov Veto de Lula ao marco temporal deve ser analisado pelo Congresso Nacional na quinta-feira, 7

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu que o Congresso pode derrubar seu veto a partes do projeto de lei que estabelece o marco temporal das terras indígenas. Durante uma reunião, Lula enfatizou a importância de evitar que “a raposa tome conta do galinheiro” tanto no Legislativo quanto no Executivo. Ele argumentou que é fundamental que representantes dos movimentos sociais ingressem na política para ocupar cargos de decisão. Além disso, Lula ressaltou a necessidade de mobilização da sociedade civil no Congresso para impedir retrocessos nas políticas públicas. “A gente tem que se preparar para entender o seguinte: ou nós construímos uma força democrática capaz de ganhar o Poder Legislativo, o Poder Executivo e fazer a transformação que vocês querem, ou nós vamos ver o que aconteceu com o marco temporal. Querer que uma raposa tome conta do nosso galinheiro é acreditar demais”, disse o petista.

Durante sua visita a Dubai, o presidente mencionou novamente o marco temporal como exemplo das dificuldades enfrentadas pelas pautas de esquerda e admitiu a possibilidade de o veto ser derrubado no Congresso. O veto foi aplicado a um trecho do projeto de lei que estabelecia que os povos indígenas só teriam direito a terras que estivessem ocupadas na data da promulgação da Constituição de 1988. Ao retornar de sua viagem ao exterior, o governo já conta com a votação do veto ao marco temporal, que deve ocorrer na quinta-feira, 7. Durante o encontro com a sociedade civil, Lula foi questionado sobre suas promessas aos povos indígenas. As lideranças têm reclamado que o presidente não está cumprindo o ritmo esperado de demarcações de terras. Lula reconheceu as cobranças e reafirmou seu compromisso em relação aos direitos indígenas. Ele ressaltou a importância de uma atuação conjunta entre governo e sociedade civil para garantir a proteção e a preservação das terras indígenas.

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