Lula confirma dívida de Cuba e Venezuela com BNDES e culpa Bolsonaro por atrasos

Petista argumentou que ex-presidente dificultou a quitação dos débitos quando cortou relações com os países latino-americanos

  • Por Jovem Pan
  • 06/02/2023 17h56 - Atualizado em 06/02/2023 19h55
PEDRO KIRILOS/ESTADÃO CONTEÚDO - 6/02/2023 Lula Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva discursa na cerimônia de posse do novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve nesta segunda-feira, 6, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para prestigiar a posse de Aloizio Mercadante como presidente da instituição bancária e, no local, confirmou que tanto Cuba quando a Venezuela encontram-se inadimplentes com o banco brasileiro. No entanto, no entendimento do petista, o principal culpado pelo atraso nos pagamentos dos débitos de ambos os países é o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Vamos ser francos: os países que não pagaram, seja Cuba ou Venezuela, é porque o [antigo] presidente cortou relação com esses países para não cobrar, para poder ficar nos acusando, deixou de cobrar”, declarou o petista. Lula, ainda, ressaltou que tem plena confiança de que os países vão quitar todas as suas pendências ao longo de seu mandato presidencial. “Eu tenho certeza que, no nosso governo, esses países vão pagar, porque são todos países amigos do Brasil e certamente pagarão a dívida que têm com o BNDES”, disse.

O chefe do Executivo ainda considerou que o BNDES foi vítima de uma difamação durante o último processo eleitoral através da utilização de narrativas. “Mesmo que mentirosas, valem mais do que verdades ditas muitas vezes. Vivemos nos últimos quatro anos um processo de mentira tresloucada“, pontou. Ao comentar sobre os empréstimos realizados pelo banco ao longo dos últimos anos, Lula disse que o BNDES financiou serviços de engenharia através de empresas brasileiras em 15 países da América Latina e do Caribe, entre os anos de 1998 e 2017, além de ter registrado “lucro” nas operações e nunca ter “dado dinheiro para países amigos do governo”.

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