Lula critica Conselho de Segurança da ONU: ‘Faz guerra sem conversar’

Chefe de Estado cobrou a representação da África, Ásia e América Latina no órgão, e defendeu a entrada do Brasil, Índia, Japão e Alemanha 

  • Por Jovem Pan
  • 26/08/2023 20h41
RICARDO STUCKERT / BRAZILIAN PRESIDENCY / AFP lula em angola Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva (E) e o Presidente de Angola João Lourenço (D) durante a cerimônia oficial de chegada ao Palácio Presidencial de Angola em Luanda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está de viagem à África, criticou neste sábado, 26, o Conselho de Segurança da ONU. Em uma entrevista, ele declarou que o colegiado faz guerra sem conversar. “A ONU de 2023 está longe de ter a mesma credibilidade da ONU de 45. O Conselho de Segurança que deveria ser a segurança da paz e da tranquilidade é o conselho de segurança que faz a guerra sem conversar com ninguém”, afirmou, acrescentando que quem faz guerra, produz e vende armas, são os países dos Conselho de Segurança. “É preciso que haja uma compreensão de que precisa ter mais países. Qual é a representação da África no Conselho de Segurança? Qual é a representação da Ásia? Qual é a representação da América Latina?”, questionou, enfatizando que o Brasil, junto ao Japão, Índia e Alemanha, devem integrar o conselho, que atualmente é formado por 15 países com direito a voto, sendo que cinco deles – Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, China e Rússia – são membros permanentes e tem direito ao veto.

Antes da entrevista, Lula participou, em Angola, de um evento de inauguração da Galeria Ovídio de Melo, no Instituto Guimarães Rosa. Nele, o chefe de Estado declarou que seu governo estuda abrir um Consulado Geral em Luanda. “Com aproximadamente 30 mil brasileiros, Angola já abriga nossa maior comunidade em todo continente africano. Por isso, instrui o chanceler Mauro Vieira a estudar a abertura de um consulado geral em Luanda, que seria o primeiro em um país de língua portuguesa na África”, afirmou.

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