Lula defende voto secreto de ministros do STF para frear ‘animosidade’
Presidente defendeu que a sociedade não deve saber sobre os votos dos ministros do Supremo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que a população não deve saber sobre os votos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi dada durante o programa ‘Conversa com o Presidente‘, transmitido em suas redes sociais, nesta terça-feira, 5. Pressionado por aliados por conta de indicações à Suprema Corte, Lula afirmou que o Brasil precisa “respeitar as instituições” e que o voto secreto dos magistrados ajudaria a reduzir a “animosidade” de setores da sociedade contra o STF. “Não cabe ao presidente da República gostar ou não de uma decisão da Suprema Corte. A Suprema Corte decide, a gente cumpre. É assim que é”, disse. “Eu, aliás, se eu pudesse dar um conselho, é o seguinte: a sociedade não tem que saber como é que vota um ministro da Suprema Corte. Sabe, eu acho que o cara tem que votar e ninguém precisa saber. Votaram a maioria 5 a 4, 6 a 4, 3 a 2. Não precisa ninguém saber quem votou. Aí cada um que perde fica com raiva, cada um que ganha fica feliz”, complementou o presidente.
Um dos primeiros votos do novo ministro indicado por Lula ao STF, Cristiano Zanin, surpreendeu partidários do presidente pelo viés conservador. O ex-advogado do petista votou contra a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Depois, porém, mostrou alinhamento com a posição do governo ao declarar voto contrário ao marco temporal para terras indígenas. Lula deve indicar mais um ministro ao Supremo até outubro, quando a atual presidente da Corte, Rosa Weber, se aposenta por completar 75 anos.
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