Lula nega insatisfação por caso das joias ter ofuscado PAC e elogia Dino

Bastidores do Planalto apontaram descontentamento de Lula por operação do caso das joias ter repercutido mais do que o PAC

  • Por Brasília
  • 16/08/2023 13h37 - Atualizado em 16/08/2023 13h38
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Ricardo Stuckert/PR Lula durante o lançamento do novo PAC Lula durante o lançamento do novo PAC

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais nesta quarta-feira, 16, para afirmar que não se irritou com o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), pelo caso da investigação das joias envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu entorno supostamente ter ofuscado o anúncio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A operação da Polícia Federal (PF) que revelou suspeitas sobre venda ilegal de presentes dados a Bolsonaro ocorreu na última sexta-feira, 11, mesmo dia marcado para um grande evento de lançamento do novo PAC no Theatro Municipal do Rio. Ao negar ter se incomodado com o episódio, Lula afirmou que Dino tem feito um “excelente trabalho” à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O presidente se manifestou sobre o assunto após publicação do jornal Folha de S. Paulo.

Na última sexta-feira, Lula anunciou  que o Novo PAC deve investir R$ 1,7 trilhão em todos os Estados brasileiros. O programa prevê ainda uma forte parceria entre o governo federal, Estados, municípios, setor privado e movimentos sociais. O objetivo é melhorar a infraestrutura do país e gerar crescimento econômico, emprego e renda. Informações dos bastidores, negadas pelo chefe do Palácio do Planalto, apontaram alguma insatisfação de Lula com Dino devido ao caso das joias ter tido maior repercussão que o PAC, visto como uma agenda positiva do governo federal.

Caso das joias

O ex-presidente Jair Bolsonaro é apontado pela Polícia Federal como o centro de um esquema de desvio de presentes de autoridades estrangeiras com “alto valor patrimonial” para “obtenção de vantagens”. Segundo a PF, os valores obtidos com a venda dos itens eram convertidos em dinheiro em espécie e entregues a Bolsonaro por pessoas próximas, como o ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também é investigada pela PF.

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