Lula planeja ato simbólico em memória dos ataques de 8 de janeiro em Brasília

Cerimônia visa relembrar a invasão e depredação das sedes dos três poderes em Brasília por apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro, que contestavam o resultado das eleições de 2022; presidente solicitou que todos os ministros estejam presentes no encontro

  • Por Jovem Pan
  • 03/01/2025 08h49 - Atualizado em 03/01/2025 08h50
  • BlueSky
MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO Lula A data será marcada por um ato semelhante ao de 2024, quando, durante a solenidade "Democracia Inabalada"

O presidente Luís Inácio Lula da Silva anunciou a realização de um evento simbólico no próximo mês para marcar os dois anos dos ataques de 8 de janeiro de 2023. A cerimônia visa relembrar a invasão e depredação das sedes dos três poderes em Brasília por apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro, que contestavam o resultado das eleições de 2022. A data será marcada por um ato semelhante ao de 2024, quando, durante a solenidade “Democracia Inabalada”, Lula reuniu chefes dos Três Poderes, ministros, governadores e convidados no Salão Negro do Congresso Nacional para relembrar o primeiro ano dos ataques.

Durante a última reunião ministerial de 2024, o presidente solicitou a presença de todos os ministros no evento, que busca reforçar o compromisso do governo com a democracia. A cerimônia ocorre em meio ao debate sobre o Projeto de Lei da Anistia do 8 de janeiro, atualmente em análise no Congresso Nacional. O projeto propõe o perdão para os investigados e condenados pelos ataques, mas ainda precisa ser discutido e aprovado por uma comissão especial na Câmara dos Deputados antes de seguir para votação no plenário. O clima político em torno do evento se intensifica, especialmente após a finalização do inquérito da Polícia Federal, que apontou o ex-presidente Jair Bolsonaro como um dos responsáveis pela incitação golpista.

cta_logo_jp
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

A Polícia Federal também indiciou ex-ministros e outras figuras ligadas ao movimento que organizou as invasões. No Supremo Tribunal Federal, centenas de envolvidos já enfrentam processos por crimes como associação criminosa, dano ao patrimônio público e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, com mais de 200 condenações até o momento. O atentado de 13 de novembro de 2024, em que um homem atacou o STF com fogos de artifício e se explodiu, reacendeu o debate sobre a radicalização política. O evento de 2025 buscará reforçar a defesa da democracia, embora possa agravar divisões, especialmente com a oposição ainda crítica às ações do governo. Segundo o governo, a data é um marco simbólico na luta pela preservação das instituições democráticas.

*Com informações de Aline Becketty 

*Reportagem produzida com auxílio de IA

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.