‘Lula se colocou do lado de facção’, diz Dallagnol após presidente duvidar de Moro

Em entrevista ao programa Linha de Frente, da Jovem Pan News, deputado afirmou que presidente não tem empatia, quebrou decoro e pode responder por crime de responsabilidade

  • Por Jovem Pan
  • 23/03/2023 15h55 - Atualizado em 23/03/2023 16h05
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Jovem Pan News Deltan Dallagnol ao vivo Jovem Pan News Segundo deputado Deltan Dallagnol, Lula segue em busca de 'vingança' contra Sergio Moro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou o plano de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) em realizar ataques contra servidores públicos, incluindo o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Questionado por jornalistas, o petista disse que não iria comentar o assunto porque “acha que é mais uma armação” do ex-ministro. “Eu não vou falar porque eu acho que é mais uma armação do Moro. Mas eu quero ser cauteloso e vou descobrir o que aconteceu. É visível que é uma armação do Moro, mas eu vou pesquisar e ficar sabendo da sentença”, disse Lula. “Até fiquei sabendo que a juíza não estava nem em atividade quando deu o parecer para ele. Isso a gente vai esperar, eu não vou ficar atacando ninguém sem ter provas. Eu acho que é mais uma armação. Se for, ele vai ficar mais desmascarado ainda e eu não sei o que ele vai fazer da vida se continuar mentindo do jeito que está”, continuou Lula. Em entrevista exclusiva ao programa Linha de Frente, da Jovem Pan News, o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) falou sobre a declaração de Lula, dizendo que, ao debochar da situação, Lula se colocou “ao lado do PCC”. O ex-procurador da Lava-Jato também destacou que Lula riu quando foi questionado sobre o tema.

“Lula foi perguntado sobre atentado contra a vida de alguém e riu. Ele riu. Ele é presidente da República, ele tem uma responsabilidade sobre o cargo dele. Ele foi perguntado sobre o atentado contra a vida de um agente da lei, alguém que representa o Estado contra o PCC, e ele riu”, enfatizou o e deputado. “Lula se colocou do lado do PCC dizendo que existe uma fraude na apuração, uma conspiração contra o quê? Aqueles nove presos? Os dois foragidos? O dinheiro apreendido é mentira? O plano com o monitoramento da ida deles aos postos de gasolina é mentira? O aluguel do lugar para monitorar a vida da família [do Moro]? Tudo é mentira, como na Lava-Jato? A corrupção do Lula é mentira? Tudo para Lula é mentira e ele descredibiliza o Ministério da Justiça, está dizendo que seu ministro está mentindo, que os presidentes do Senado e da Câmara estão mentindo, que a Justiça Federal está mentindo, que o Gaeco está mentindo e que tudo é uma conspiração contra o PCC”, analisou Dallagnol.

Para o deputado, o presidente quebrou decoro e demonstrou falta de empatia com os policiais. Além disso, Dallagnol destacou que o petista segue uma “tona de vingança” mesmo após ter retornado à Presidência da República. “Lula está quebrando o decoro, quebrando a dignidade da função, o que configura crime de responsabilidade. Porém, mais do que isso, é uma falta de empatia com o ser humano, com todos os policiais. Lula criminaliza a política e defende bandido mais uma vez. Agora, assumindo a posição de presidente da República, segue nessa tona de vingança, de retaliar quem cumpriu sua função. O que a gente vê é o crime organizado retaliando. O crime de rua retaliando Sergio Moro por meio de armas, e agora os criminosos palacianos retaliando Sergio Moro usando discursos, palavras, narrativa se instituições. Cada um com seu poder, os criminosos estão reagindo contra Sergio Moro”, concluiu Dallagnol.

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