Maioria considera justa condenação de Lula e critica decisão de Fachin, diz Datafolha
Segundo pesquisa, 51% dos brasileiros consideram um erro a determinação do ministro, que abre espaço para a retomada dos direitos políticos pelo petista
A decisão do ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Operação Lava Jato não é bem vista pela maioria da população brasileira, aponta pesquisa DataFolha divulgada nesta segunda-feira, 22. Para 51% dos entrevistados, o ministro errou ao anular as sentenças dos casos do tríplex do Guarujá, do sítio em Atibaia, no interior de São Paulo, e do Instituto Lula. Já para 42% dos brasileiros, Fachin agiu corretamente ao anular as condenações e 6% dos participantes não souberam avaliar a situação, que vem gerando debates entre políticos, juristas e demais membros da sociedade.
A pesquisa, que contou com a participação de 2.023 pessoas nos dias 15 e 16 de março, também aponta que 57% dos brasileiros considera justa a condenação de Lula proferida pelo então juiz Sergio Moro. O ex-ministro da Justiça condenou, inicialmente, o petista a 9 anos e seis meses de prisão, pena que foi reduzida a 8 anos e 10 meses pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ao todo, 38% dos entrevistados consideram a sentença injusta e 5% não souberam responder. Dos entrevistados, 37% afirmam ter conhecimento sobre as condenações do ex-presidente e se consideram bem informado, 44% dizem ter conhecimento, mas admitem estar mais ou menos informados, 7% dos participantes estão mal informado, embora também tenham conhecimento sobre o assunto e 13% não possui conhecimento. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos, para mais ou para menos.
Entenda o caso
O ministro Luiz Edson Fachin decidiu pela nulidade das condenações do ex-presidente Lula pela Justiça Federal do Paraná em 08 de março. O membro do Supremo Tribunal Federal entendeu que a 13ª Vara Federal não é competente para julgar e processar o petista e, por isso, determinou que os autos fossem remetidos à Justiça do Distrito Federal. A decisão abre espaço para que o presidente recupere seus direitos políticos, se tornando elegível para a disputa presidencial em 2022.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.