Milton Ribeiro é o quarto ministro a deixar o Ministério da Educação; veja lista

Com a saída de Ribeiro, pasta terá seu quinto comandante nos últimos quatro anos; relembre as saídas dos ex-ministros

  • Por Jovem Pan
  • 28/03/2022 17h37 - Atualizado em 28/03/2022 17h37
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LUCIANO FREIRE/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Ministro da Educação, Milton Ribeiro, durante coletiva do INEP Ministro deixou o comando da pasta após o vazamento de conversa nas quais confirma o favorecimento de prefeitos indicados por pastores

Com a exoneração de Milton Ribeiro publicada no Diário Oficial da União (DOU), o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) chega ao quarto ministro da Educação a deixar a Esplanada. Ribeiro deixa a pasta após um suposto esquema de favorecimento de pastores na distribuição de verbas do Ministério da Educação (MEC) vir à tona. Em um áudio divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo, o ministro diz que uma de suas prioridades é atender  às demandas de Gilmar Santos, um dos líderes da Assembleia de Deus. “Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do Gilmar”, diz na gravação. Após a revelação da conversa, outras denúncias começaram a aparecer. Prefeitos relataram ter recebido pedidos de propina do pastor Arilton Moura para facilitar o repasse de verbas federais.

O primeiro indicado de Bolsonaro para o posto foi Ricardo Vélez Rodriguez, indicado pelo escritor Olavo de Carvalho. O colombiano deixou o governo em abril de 2019, pouco mais de quatro meses após tomar posse. O curto período à frente do MEC foi marcado por polêmicas e paralisia na administração da pasta. Para seu lugar, foi escolhido Abraham Weintraub, que seguiu no comando do MEC até 19 de junho de 2020, quando deixou o cargo para ocupar um posto no Banco Mundial. Outro membro da chamada ala ideológica do governo Bolsonaro, Weintraub deixou a Esplanada após ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) – em abril de 2020, em uma reunião ministerial, cuja gravação foi divulgada por determinação do então decano da Corte, ministro Celso de Mello, o chefe do MEC afirmou que desejava mandar “vagabundos para a cadeia, começando no STF”.

O terceiro ministro da Educação foi Carlos Alberto Decotelli. Ele foi nomeado mas renunciou ao cargo cinco dias depois, antes mesmo de tomar posse. Controvérsias sobre sua formação acadêmica e sobre seu currículo foram as principais causas de sua renúncia. Dentre as informações incorretas estava o título de doutor pela Universidade Nacional de Rosário, localizada na Argentina. O cargo de ministro ficou vago até o dia 16 de julho de 2020, quando o nome de Milton Ribeiro foi anunciado como novo ministro da Educação. Durante sua passagem pelo governo, Ribeiros se envolveu em polêmicas, sendo, inclusive, denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por homofobia.

Confira o tempo de mandado de cada um dos ex-ministros:

  • Ricardo Vélez: 1º de janeiro de 2019 – 8 de abril de 2019
  • Abraham Weintraub: 9 de abril de 2019 – 19 de junho de 2020
  • Carlos Decotelli: 25 de junho de 2020 – 30 de junho de 2020* (Não chegou a tomar posse)
  • Milton Ribeiro: 16 de julho de 2020 – 28 de março de 2022
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