Ministro da Defesa cita guerra na Ucrânia e pede aumento progressivo de gastos com orçamento militar

General Paulo Sérgio Nogueira criticou ‘improvisos’ e informou que publicará portaria favorável a empresas que atuam no setor; atualmente, gastos com as Forças Armadas correspondem a 1,2% do PIB brasileiro

  • Por Jovem Pan
  • 06/12/2022 15h20
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Alan Santos/PR - 01/04/2022 Ministro Paulo Sergio Nogueira General Paulo Sergio Nogueira comanda a pasta da Defesa na Esplanada dos Ministérios

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, discursou no evento de abertura da 7ª Mostra Bid (Base Industrial de Defesa) Brasil, em evento promovido pela Associação Brasileira de Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde) nesta terça-feira, 6, e afirmou aos presentes que o país precisa discutir um possível aumento nos gastos orçamentários com a pasta. Em sua fala, o general citou o conflito atualmente existente no leste europeu entre Rússia e Ucrânia ao defender a necessidade de uma ampliação nos recursos destinados às Forças Armadas. “O conflito [entre Rússia e Ucrânia] também mostra, de forma clara, que a sociedade não pode negligenciar os assuntos de defesa e muito menos destinar recursos aquém do necessário para, primeiramente, dissuadir e, se necessário, enfrentar a força adversa”, disse. Em sua fala, Nogueira ressaltou que a meta da Defesa é ampliar de maneira progressiva o orçamento da pasta de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, para 2% do PIB.

“Se chegássemos nos próximos 10 anos a esses 2% do PIB daria uma regularidade e continuação na pauta do ministério, na indústria de defesa nacional, [para alcançar] o êxito que tanto almejamos”, argumentou. Mesmo com os cortes destinados no orçamento do próximo ano em áreas como saúde e habitação – como a Farmácia Popular e o programa Casa Verde e Amarela (antigo Minha Casa, Minha Vida) -, Nogueira argumentou que “Defesa não se improvisa”. No evento, o ministro ainda anunciou que publicará, nos próximos dias, uma portaria para ampliar o emprego do “termo de licitação especial como modalidade de aquisição de produtos de defesa por toda a administração pública”, para facilitar que empresários e indústrias estratégicas credenciadas pela pasta consigam contratos com forças de seguranças municipais, estaduais e federais.

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