Ministro da Defesa rechaça possibilidade de Brasil repetir ‘invasão do Capitólio’ nas eleições

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira compareceu à Câmara dos Deputados para falar sobre as prioridades da pasta para este ano

  • Por Jovem Pan
  • 06/07/2022 18h51 - Atualizado em 06/07/2022 19h46
BillyBoss/ Câmara dos Deputados Ministro da defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira Paulo Sérgio Nogueira é atual chefe do Ministério da Defesa do governo Bolsonaro

Nesta quarta-feira, 6, o ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira compareceu à Câmara dos Deputados para falar sobre as prioridades da pasta para o ano. O convite partiu da  Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional motivado pelo ano desafiador que vem se desenhando, principalmente por causa do conflito desencadeado entre Rússia e Ucrânia. “O comparecimento do ministro a esta comissão faz-se necessário tanto pelo ambiente de maior instabilidade e insegurança mundial desencadeado pela guerra no Leste Europeu como pelas prioridades e demandas que se apresentam para a nossa defesa nacional”, disse o presidente do colegiado Pedro Vilela (PSDB-AL).

Apesar de o tema não ser eleições, o ministro foi provocado por deputados presentes que queriam saber os planos para garantir a segurança do processo eleitoral. “O que as Forças Armadas estão fazendo para evitar um Capitólio, por exemplo?”, perguntou a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), referindo-se ao ataque dos apoiadores de Donald Trump ao principal símbolo do poder político americano, em 6 de janeiro de 2021. Eles alegavam fraude nas eleições e invadiram a Casa armados. Oliveira respondeu em seguida que “não existe este tipo de preocupação”. Foi enfático, alegando que no Brasil existe o Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN). E mudou de assunto, respondendo às críticas da deputada sobre o envolvimento das Forças Armadas nas discussões sobre o sistema eleitoral. “Sabia que esses assunto viria. Nenhum sistema digital é totalmente inviolável”, disse o ministro. Em seguida, contou que entregou 15 propostas para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para aperfeiçoar a segurança do sistema. Segundo ele, “propostas técnicas” elaboradas por sua equipe.

Também nesta quarta-feira, em Washington, no Estados Unidos, o ministro Edson Fachin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarou que o Brasil corre o risco de ter “um episódio mais agravado que o 6 de Janeiro no Capitólio”. A fala foi registrada durante palestra na capital americana. O presidente do TSE também comentou sobre o papel dos militares nas eleições. “As Forças Armadas, que já elogiei pelo papel de apoio logístico e operacional, são definidas pelo artigo 142 da Constituição como forças nacionais, regulares e permanentes para atender a estabilidade dos Poderes do Estado. Portanto, qsão chamadas para defender as instituições, para gerar segurança institucional, não o contrário.”

 

 

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