Ministro da Educação defende controle das redes sociais para coibir ataques a escolas

Em audiência na Câmara dos Deputados, Camilo Santana disse que atentados são ‘reflexo da sociedade’

  • 12/04/2023 12h53 - Atualizado em 12/04/2023 13h07
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados Camilo Santana Ministro da Educação, Camilo Santana, durante audiência em comissão na Câmara dos Deputados

O ministro da Educação, Camilo Santana, defendeu nesta quarta-feira, 12, a regulamentação das redes sociais para coibir ataques a escolas. Em audiência na Comissão de Educação, da Câmara dos Deputados, o ministro afirmou que o Executivo organizou um grupo interministerial para discutir os recentes atentados a colégios do Brasil e lamentou o cenário. “Abalou a todos nós”, iniciou Camilo. “O que está acontecendo com a sociedade? Não é só no Brasil. Não é um problema fácil, o que está acontecendo nas escolas é reflexo da sociedade, que destila o ódio, a intolerância, estimula o armamento”, acrescentou. Na visão de Camilo Santana, uma das ações para combater os ataques é a regulamentação das redes sociais, com punição para aqueles que cometem crimes no ambiente digital.

“Temos que ter controle sobre isso. (…) Temos a dark web, deep web, em que estimulam a violência, a morte, o crime”, mencionou. “Temos sim que combater os crimes cometidos nas redes sociais, não só no Brasil, no mundo inteiro. Estimular através das redes sociais a morte, a violência. Isso está certo? Isso tem que ser criminalizado e essa forma de agir com ódio, intolerância e violência é que tem estimulado a violência nesse país”, concluiu. Segundo o ministro do governo Lula, a proposta do grupo interministerial é ouvir educadores, professores, assim como autoridades estaduais, para construir uma política nacional de enfrentamento aos ataques. “Temos que nos indignar e não aceitar o que está acontecendo nas escolas brasileiras. Temos que nos unir independente de ideologia partidária, o que está em jogo é a vida as pessoas”.

Como a Jovem Pan mostrou, Camilo Santana está na Comissão de Educação após requerimentos dos deputados Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Tenente Coronel Zucco, que questionam a extinção da diretoria responsável pelas escolas cívico-militares, criada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), e o fim do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. “As escolas públicas que passaram a ter gestão de militares registraram redução de violência”, argumenta Bilynskyj no requerimento de convocação, que fala em imputação de crime de responsabilidade em caso de ausência sem justificativa adequada.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.