‘Não podemos admitir censura em nosso país’, diz Bolsonaro em Guarulhos

Em comício neste sábado, presidente da República criticou decisão do TSE que restringiu cobertura da Jovem Pan

  • Por Jovem Pan
  • 22/10/2022 14h52 - Atualizado em 22/10/2022 15h40
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DHAVID NORMANDO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Jair Bolsonaro Presidente defendeu a liberdade de imprensa durante evento eleitoral

O presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou em prol da liberdade como um dos principais pilares de seu governo durante um encontro com apoiadores em Guarulhos (SP), realizado neste sábado, 22. Ele defendeu a liberdade de imprensa e criticou medidas para impedir a atuação jornalística. “Há dois anos eu vinha falando: Deus, pátria, família e liberdade. Hoje, a população acordou da importância também da liberdade, que eu botei em quarto lugar. Um homem ou uma mulher sem liberdade não vive. Não podemos admitir censura em no nosso país”, declarou. O público apoiou a fala do candidato à reeleição aos gritos de “Jovem Pan”, em referência à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de proibir o grupo de comunicação de falar sobre fatos envolvendo a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal opositor de Bolsonaro na disputa ao Palácio do Planalto.

O presidente ainda criticou o petista por não comparecer a debates nas retas finais da eleição, em referência ao encontro promovido por um pool de veículos nesta sexta-feira, 21. O mandatário do país revelou que, antes do evento, chegou a dar duas coletivas para a imprensa e que jornalistas combinaram de deixar representantes da Jovem Pan fazerem perguntas a ele. “Há dois anos eu venho falando a palavra liberdade. Como se tivesse pregando no deserto. Hoje, a água bateu na cintura de toda a imprensa brasileira. Não podemos deixar que isso continue. Imprensa tem que ter liberdade, até para errar. Imprensa calada é o que pior pode acontecer para uma democracia. Tenho certeza, se Deus quiser, após o dia 30 de outubro, com a nossa reeleição, a questão da liberdade se acalmará em nosso país. Haverá maior independência entre os poderes. Nós não queremos atrito, mas não podemos permitir que a nossa liberdade continue sendo açoitada”, defendeu. Ele complementou que a Jovem Pan seria a primeira empresa a ser censurada mas que, caso fosse reeleito, nenhum outro órgão de imprensa voltaria a ser atingido com censura. “Censura jamais. Brasil, um país livre”, finalizou.

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