‘Nossa cruzada será contra a agenda da morte’, diz relator Renan Calheiros
‘Me pautarei pela isenção e imparcialidade que a função impõe, independente de minhas valorações pessoais’, afirmou o emedebista
Indicado pelo senador Omar Aziz (PSD-AM) para a relatoria da CPI da Covid-19, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que a “cruzada” da comissão “será contra a agenda da morte”. O emedebista foi oficializado em um dos postos mais importantes do colegiado em meio a uma batalha judicial e à tentativa de parlamentares governistas de impedir a escolha de seu nome como relator. Na manhã desta terça-feira, o desembargador Francisco de Assis Betti, presidente em exercício do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), derrubou a liminar concedida pela Justiça Federal do Distrito Federal, que impedia a nomeação de Calheiros, sob a alegação de que se tratava de uma prerrogativa do Legislativo.
“Entre a ciência e a crença, fico com a ciência; entre a vida e a morte, a vida eternamente; entre o conhecimento e obscurantismo; óbvio escolho o primeiro; entre a luz e as trevas; a luminosidade; entre a civilização e a barbárie, fico com a civilidade e entre a verdade e a mentira, lógico que a verdade sempre. São escolhas simples que opõem o bem ao mal e creio que todos convergem. Nossa cruzada será contra a agenda da morte. Contrapor o caos social, a fome, o descalabro institucional, o morticínio, a ruína econômica e o negacionismo não é uma predileção ideológica ou filosófica, é uma obrigação democrática, moral e humana. Os inimigos dessa relatoria são pandemia e aqueles que, por ação, omissão, incompetência ou malversação, se aliaram ao vírus e colaboraram com o morticínio”, disse Calheiros.
Em outro trecho do discurso, o emedebista disse que, como relator, será pautado “pela isenção e imparcialidade que a função impõe, independente de minhas valorações pessoais, a investigação será técnica, profunda, focada no objeto que justificou a CPI e despolitizada”. “É impossível esquecer todos os dias fúnebres em mais de um ano de pandemia. Mas é impossível apagar abril, o mês mais mortal. E apagar o dia 6 de abril, com uma morte a cada 20 segundos. Esses números superlativos merecem uma reflexão”, acrescentou.
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