‘Nunca vi um palanque do PT tão forte em SP’, diz secretário-geral do partido
À Jovem Pan, deputado federal Paulo Teixeira defendeu candidatura do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad ao governo do Estado e deu detalhes sobre a negociação para formação de uma federação com siglas de esquerda
Nas negociações entre PT, PSB, PCdoB e PV para a formação de uma federação partidária, a escolha da candidatura do bloco para a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes é o principal entrave para a oficialização da candidatura. No maior Estado do país, o ex-governador Márcio França (PSB) e o ex-prefeito da capital Fernando Haddad (PT) se apresentam como pré-candidatos ao governo paulista e não têm dado indicativos de que abrirão mão de suas postulações. Na costura idealizada pela cúpula petista, França seria o candidato do grupo ao Senado. Na avaliação do deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), secretário-geral da legenda, esta é a melhor composição. À Jovem Pan, o parlamentar defendeu a candidatura de Haddad e afirmou: “Nunca vi um palanque do PT tão forte em São Paulo”.
Teixeira foi questionado pela reportagem sobre o critério proposto pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, para a definição do candidato ao Palácio dos Bandeirantes. O dirigente partidário defende que as siglas contratem uma pesquisa que servirá para apontar qual postulante tem mais viabilidade eleitoral. Os petistas não se opõem à iniciativa e afirmam que os levantamentos feitos até aqui demonstram que Haddad lidera a corrida pelo governo paulista. Pesquisa Datafolha divulgada no início da segunda quinzena de dezembro do ano passado mostram o ex-prefeito com 28% das intenções de voto, contra 19% de França, no cenário que não inclui o nome do ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido). O ex-tucano deixou o PSDB e negocia a composição de uma chapa presidencial ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Em São Paulo já há pesquisas [mostrando o Haddad na liderança], não temos nenhum problema em adotar esse critério para a escolha do candidato. Elas estão indicando uma liderança do Haddad em todo o processo. Não nos importamos com isso”, disse à reportagem. Como a Jovem Pan mostrou, Lula tem dito a interlocutores que a candidatura de Haddad é irreversível porque, em sua avaliação, os petistas têm grandes possibilidades de encerrar a hegemonia tucana no maior Estado do país – os tucanos governam São Paulo há quase três décadas. Questionado, Paulo Teixeira foi taxativo. “Eu nunca vi na história do PT um palanque tão forte quanto este: Haddad [candidato a] governador com apoio do Alckmin, do Boulos e do Márcio França. E quero aqui destacar o grande papel do ex-governador Márcio França em todo este processo”.
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