Oposição entrega pedido para criação da CPI do MEC; 31 senadores assinaram requerimento
Instalação do colegiado depende do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
O senador Randolfe Rodrigues (Rede) protocolou nesta terça-feira, 28, o pedido para instalação da CPI do MEC do Senado Federal. Segundo ele, o objetivo principal do colegiado é resguardar as investigações a respeito dos supostos desvios e fraudes ocorridos no Ministério da Educação. “Em circunstâncias normais não necessitaria de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Mas as circunstâncias é que ela [a investigação] está sob ameaça, sob intervenção do senhor presidente da República [Jair Bolsonaro] e do senhor ministro da Justiça [Anderson Torres]. A necessidade de uma CPI se impõe para dar ao delgado Bruno Calandrini, aos investigadores e ao Ministério Público a retaguarda necessária para que conduzam com tranquilidade as investigações”, afirmou Randolfe, em entrevista coletiva ao lados dos senadores Jorge Kajuru (Podemos-GO) e Jean Paul Prates (PT-RN), também responsáveis por coletarem as assinaturas.
“Não há dúvida que se instalou uma quadrilha no Ministério da Educação, os indícios são fortes que os esquemas dessa quadrilha chegam ao Palácio do Planalto”, completou Randolfe, afirmando que “só a atuação firme do parlamento” pode dar a retaguarda necessária para as investigações. O requerimento foi entregue com a assinatura de 30 senadores. Jarbas Vasconcelos fo o 31º nome, e ainda há a expectativa de que Otto Alencar (PSD-BA) assine. No entanto, a instalação do colegiado depende do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que já afirmou que os culpados pelo escândalo no MEC “devem ser responsabilizados”, mas reconheceu que não vai se precipitar sobre o caso.
Durante a coletiva, o senador Randolfe Rodrigues falou sobre o andamento das investigação na Polícia Federal e mencionou as supostas tentativas de interferência no inquérito, questionando a falta de respostas sobre possível apreensão do celular do ex-ministro Milton Ribeiro, preso preventivamente na semana passada durante operação da PF na quarta-feira, 22, por suspeita de corrupção.
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