Perito diz em CPMI que bomba deixada em aeroporto é utilizada em pedreiras

Comissão também ouve hoje o homem que confessou ter colocado artefato no local em 24 de dezembro

  • Por Brasília
  • 22/06/2023 12h28 - Atualizado em 22/06/2023 14h01
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Pedro França/Agência Senado A senadora Elizane Gama e o deputado Arthur Maia, respectivamente relator e presidente da CPMI do 8 de Janeiro, sentados em seus lugares no colegiado A CPMI ouve autor de de tentativa de atentado e peritos da PCDF nesta quinta

Em depoimento à CPMI dos atos de 8 de Janeiro nesta quinta-feira, 22, o perito Renato Carrijo, da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), afirmou que a bomba encontrada nos arredores do aeroporto de Brasília no dia 24 de dezembro de 2022 é um explosivo industrial normalmente utilizado para rompimento de rochas, como em pedreiras, por exemplo. A descoberta do artefato levou à prisão de George Washington e de Alan Diego dos Santos por tentativa de atentado. Washington será ouvido nesta tarde na CPMI. “Fiz a análise desse material, coletei amostras, enviei para nosso laboratório, foram realizados exames com espectroscopia de infravermelho que detectaram nitrato de amônia e uma cadeia complexa de hidrocarbonetos”, explicou o perito.

De acordo com Carrijo, somente empresas com atuação no setor de construção civil tem permissão para adquirir o material que compõe o explosivo encontrado no aeroporto. “Essa combinação é normalmente a combinação encontrada nos explosivos do tipo emulsão explosiva, que é um explosivo industrial normalmente utilizado em pedreiras, para rompimento de rochas, também utilizado na construção civil, em alguns casos também para fazer túneis e coisas do gênero”, disse.

Além de Renato Carrijo e do autor da tentativa de atentado, a CPMI ouve nesta quinta Valdir Dantas Filho, também perito da PCDF, que foi responsável por desarmar a bomba.

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