Polícia Civil vai à Alesp contra Isa Penna por ‘quebra de decoro parlamentar’

Ação ocorre após a parlamentar questionar o delegado Fernando Gregório sobre não prender em flagrante o procurador Demétrius Macedo, que agrediu uma colega de trabalho

  • Por Jovem Pan
  • 24/06/2022 17h07 - Atualizado em 24/06/2022 17h07
Arquivo Agência Alesp Isa Penna Deputada Isa Penna questionou o delegado que não deu voz de prisão ao procurador que agrediu uma colega de trabalho

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) recebeu nesta sexta-feira, 24, uma representação do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo contra a deputada Isa Penna (PCdoB) devido a “conduta desrespeitosa e acintosa” que a parlamentar teve ao questionar o delegado Fernando Carvalho Gregório por não ter determinado prisão em flagrante do procurador Demétrius Oliveria de Macedo após o rapaz agredir a procuradora-geral da Prefeitura de Registro, Gabriela Samadello Monteiro de Barros. Parte do documento alega que a atitude de Penna foi “inadmissível” e “totalmente inadequado”, já que “ultrapassou os limites da imunidade e prerrogativa de seu mandato” e “infringem patentemente o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Casa Legislativa que representa”. A representação é assinada pelo delegado em exercício da presidência, José Vicente Pires Barreto Fonseca.

“Há na conduta da deputada inquestionável ofensa à dignidade não somente das autoridade policiais civil, mas à toda Polícia Civil e aos funcionários públicos estaduais, sendo ainda mais grave se levarmos em consideração que o delegado de Polícia oficiante estava em seu turno de trabalho e presidindo os atos de Polícia Judiciária quando abordado de maneira indevida, acintosa, ofensiva e indecorosa por parte da representada”, conclui o representante. O fato em questão refere-se à um vídeo que circula na internet onde a deputada aparece questionando o delegado Fernando Gregório: “Você tá me dizendo que você olhou pra cara daquela mulher que está com o olho roxo, que nunca vai esquecer isso na vida dela, e você mandou ela pra casa e liberou o agressor dela. É isso que você está me dizendo? Sem pedir uma medida protetiva que fosse. E você se chama de servidor público?”, afirmou.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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