Polícia Federal indicia Anderson Torres e Silvinei Vasques por operação da PRF no segundo turno das eleições de 2022

Ambos são suspeitos de dificultar o trânsito de eleitores no segundo turno do último pleito presidencial; eles negam as acusações

  • Por Jovem Pan
  • 17/08/2024 07h08
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Montagem com fotos da Agência Senado Montagem com Silvinei Vasques e Anderson Torres Silvinei Vasques (à esq.), ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça

A Polícia Federal indiciou o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques. Ambos são suspeitos de dificultar o trânsito de eleitores no segundo turno das eleições de 2022. Na época, a PRF bloqueou estradas, impedindo que pessoas chegassem aos locais de votação. Segundo a PF, essas operações foram feitas em regiões em que as pesquisas indicavam preferência pelo então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vencedor do pleito. Os bloqueios só foram desfeitos após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes ameaçar prender os envolvidos.

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Além de Torres e Vasques, outros quatro policiais federais foram indiciados: Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo, Fernando de Souza Oliveira, Léo Garrido de Sales Meira e Marília Ferreira de Alencar. A Polícia Federal solicitou ao Supremo Tribunal Federal uma prorrogação para concluir o relatório final da investigação, alegando a necessidade de ouvir mais pessoas. As defesas de Anderson Torres e Silvinei Vasques negam as acusações. Em depoimento em junho à CPMI do 8 de Janeiro, Vasques declarou que era impossível articular uma operação para boicotar eleitores de Lula. ” Não como parar 13 mil policiais sem ter uma conversa por Whatsapp, Telegram, sem um e-mail enviado. Nenhum participou ou ouviu alguma coisa. Não tem como fazer uma operação dessa e envolver 13 mil policiais sem ter uma simples conversa de corredor.” O caso está sob segredo de Justiça.

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