Prefeito de SP diz que aumento da violência na cracolândia é ‘fase’ que cidade terá de passar
Ricardo Nunes alegou que os dependentes químicos terão comportamento mais agressivos devido a diminuição do fornecimento de drogas; mandatário defendeu a internação involuntária dos usuários
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), conversou com jornalistas e opinou nesta quinta-feira, 7, sobre o aumento da violência dos usuários de drogas na região central da capital paulista e creditou o comportamento agressivo dos dependentes químicos à falta de fornecimento dos entorpecentes. O mandatário também alegou que o município terá de passar por essa “fase”. “Infelizmente é uma etapa que a gente precisa vencer, mas não podemos parar”, disse o emedebista. Ricardo ressaltou que a prefeitura passou a ampliar o acesso da população aos postos de atendimento para tratamento de dependência química e posicionou-se de maneira favorável à internação involuntária. “Se a pessoa não tem condições de cuidar de si e está causando algum problema e o médico assim identificar, temos todos os equipamentos para ofertar e as pessoas se tratarem”, declarou.
Violência no centro paulistano
Recentemente, uma onda de saques, arrombamentos e vandalismo tomou conta dos comércios locais no centro de São Paulo, o que levou empresários, trabalhadores e moradores da região a realizar um protesto na Rua Santa Efigênia. “Nós não vamos aceitar em hipótese alguma que baderneiros, que malandros, que bandidos acabem com o sossego das pessoas de bem aqui da cidade”, argumentou Nunes. Segundo o mandatário, é a intenção das forças policiais na região é de impossibilitar a concentração de dependentes químico na região, dispersar os usuários e impedir a centralização de cracolândias e mini-cracolândia nos espaços centrais da cidade.
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