Protestos contra o PL do Aborto ocupam ruas em várias partes do país
Na Avenida Paulista, cerca de 5.000 pessoas participaram do ato, a maioria delas mulheres; um dos principais alvos dos manifestantes foi Arthur Lira, presidente da Câmara
Manifestantes de diversas cidades brasileiras saíram às ruas para protestar contra um projeto de lei antiaborto que propõe mudanças drásticas nas leis vigentes sobre o tema no Brasil. Uma das maiores concentrações de protesto ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo, neste sábado (15). Segundo a Polícia Militar, 5.000 pessoas participaram do ato. A manifestação reuniu um número expressivo de pessoas, com destaque para a presença feminina, todas unidas em uma voz contra as alterações propostas pelo PL. Armados de faixas, cartazes e panfletos, os manifestantes expressaram seu descontentamento. Uma das mensagens mais comuns na manifestação foi “criança não é mães”. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) foi um dos principais alvos. Após ele promover uma votação relâmpago, criticada por alguns parlamentares, foi aprovado o regime de urgência na Casa.
O cerne da controvérsia gira em torno da proposta do projeto que estabelece um limite de 22 semanas de gestação para a realização do aborto, após o qual o procedimento seria considerado um crime de homicídio simples. Essa medida gerou uma onda de indignação e foi o combustível para as manifestações. Além disso, os manifestantes criticaram veementemente alguns parlamentares que contribuíram para a aprovação do regime de urgência aprovado pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira (12). Uma enquete online realizada pela Casa legislativa revelou que quase 90% dos participantes são contrários ao projeto. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, declarou não ter intenção de acelerar a tramitação do PL.
*Com informações do repórter Alvaro Nocera
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