Queiroga responde a Anvisa e afirma: ‘Quem chefia saúde pública sou eu’

Agência criticou o uso de medicamentos off label e alegou que a medida pode trazer riscos à saúde; ministro da Saúde defendeu a autonomia médica

  • Por Jovem Pan
  • 23/03/2022 15h17 - Atualizado em 23/03/2022 22h57
Myke Sena/Ministério da Saúde - 24/06/2021 Sem máscara, o ministro Marcelo Queiroga dá entrevista em um gabinete do governo Ministro Queiroga minimizou a alta no número de diagnósticos positivos de varíola dos macacos no Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reagiu às críticas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre o uso de medicamentos off label, ou seja, com a indicação para doenças diferentes a que constam na bula. Nesta terça-feira, 23, o chefe da pasta foi enfático ao defender a medida: “Quem chefia a saúde pública no Brasil sou eu”. Queiroga também ressaltou que o ministério é responsável pela “saúde a 210 milhões de brasileiros” e que é necessário garantir “acesso amplo” aos cidadãos. O mandatário ressaltou que a lei nº 14.313, que permite o uso de remédios off label, é uma “solução legislativa aprovada no Congresso Nacional” e que a “Anvisa também tem a obrigação de monitorar, e todos nós temos que obedecer à lei”.

Em nota, na última terça-feira, a Anvisa publicou uma nota com críticas ao uso de medicamentos off label. Segundo o órgão regulador, “para a segurança do paciente, faz-se necessário um rígido controle e monitoramento, com o estabelecimento de critérios revestidos de evidências científicas, responsabilizações do ente público que vier estabelecer a incorporação de uso não aprovado pela Anvisa, devendo ser adotados procedimentos claros e transparentes”.

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