Renan chama Lira de golpista e presidente da Câmara dispara: ‘De dar golpe, você entende’

Deputado e senador protagonizaram uma discussão em suas redes sociais; acusação entre os correligionários envolveu o Tribunal de Justiça de Alagoas

  • Por Jovem Pan
  • 29/04/2022 19h48
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados - 26/04/2022 Arthur Lira Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, foi reeleito ao cargo de mandatário da casa no último dia 1º de fevereiro

O deputado federal e presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) trocaram acusações em suas redes sociais nesta sexta-feira, 29. A discussão ocorreu após uma decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) que suspendeu uma liminar que impedia as eleições indiretas para governador-tampão e vice no comando do Estado. Calheiros foi ao seu Twitter e afirmou que a decisão deferida pelo Judiciário alagoano “incinera golpe de Arthur Lira para impedir as eleição para o governo de Alagoas na forma da Constituição”. O pai do ex-governador local ressaltou que a “independência dos Poderes é sagrada” e que “quarteladas, afrontas aos poderes e desacato às decisões judiciais são condutas de tiranos em qualquer lugar”.

Em seguida, Lira subiu o tom e disparou contra o emedebista: “Sobre dar golpes, o senador Renan Calheiros entende bem”. Na sequência, o presidente da Câmara alegou que, “em Alagoas, [Renan] achaca e interfere nos poderes, desrespeita a vontade popular e quer fazer do Estado a extensão do seu latifúndio”. O governista publicou, também, que foi através do desrespeito às decisões judiciais que Calheiros “tentou conduzir o Congresso Nacional“.

Em Alagoas, Renan Filho [cujo pai é o senador Renan Calheiros] renunciou do cargo de governador para concorrer ao Senado no Estado. Com isso, o primeiro nome na linha de sucessão seria o de Marcelo Victor (MDB), presidente da Assembleia Legislativa. O parlamentar, porém, também renunciou ao cargo para tentar se reeleger. Caso assumisse o comando do Estado, o político não poderia disputar as eleições. Com isso, criou-se um ‘vácuo’ na liderança da gestão alagoana e a Justiça estadual decidiu que o novo comandante fosse eleito através de votações indiretas.

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